O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou hoje (27) que o governo não tem como absorver o custo da desoneração da folha de pagamento das empresas. A decisão de reduzir ou mesmo zerar a contribuição patronal sobre a folha de salários já foi anunciada pelo governo, mas o ministro informou que a perda de arrecadação decorrente dessa desoneração será compensada com o aumento de impostos sobre o faturamento das empresas.
“Isto desoneraria as empresas que têm folha de pagamento maior. Essas empresas teriam uma redução do custo trabalhista e, portanto, estariam estimuladas a formalizar ou a contratar mais trabalhadores”, disse ele, após almoçar com empresários na capital paulista. De acordo com o ministro, a redução seria feita de forma escalonada em um período de dois ou três anos. “A contribuição patronal, hoje, é 20%, e o objetivo é reduzir ou zerar esta contribuição ao longo de um certo período de tempo”, explicou Mantega.
O ministro informou ainda que a desoneração da folha virá por medida provisória, ainda sem data para ser editada pela presidenta Dilma Rousseff.