O Plano Estratégico 2020 mantém a meta de expansão da atuação nos mercados de exploração de petróleo, derivados, petroquímico, gás, energia, biocombustíveis. O plano tem como metas estender a atuação, no Brasil e no exterior, integrada em refino, comercialização, logística e distribuição com foco na Bacia do Atlântico; ampliar a atuação em petroquímica no Brasil e na América do Sul, de forma integrada com os demais negócios do Sistema Petrobras; desenvolver e liderar o mercado brasileiro de gás natural e atuar de forma integrada nos mercados de gás e energia elétrica com foco na América do Sul; atuar, globalmente, na comercialização e logística de biocombustíveis, liderando a produção nacional de biodiesel e ampliando a participação no negócio de etanol.
O Plano de Negócios 2008-2012 estabelece as metas de produção de petróleo e gás natural no Brasil: serão 3.058.000 barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2012 e 3.455.000 boed em 2015. No refino, mantendo o equilíbrio entre o crescimento da produção e a capacidade das refinarias no País, a carga fresca processada no Brasil em 2012 será de 2.061.000 barris por dia (bpd), com 90% de participação do petróleo nacional.
As metas internacionais também refletem o crescimento integrado da companhia com estimativas de produção de 436.000 boed de óleo e gás em 2012 e processamento de 348.000 bpd nas refinarias no exterior. A estimativa de produção total da Petrobras (Brasil e exterior) para 2012 foi revisada para 3.494.000 barris diários e a meta para 2015 fixada em 4.153.000 boed.
O plano prevê investimentos de US$ 112,4 bilhões, até 2012, representando uma média de US$ 22,5 bilhões por ano, sendo 87% (US$ 97,4 bilhoes) no Brasil e 13%
(US$ 15,0 bilhoes) no exterior. Este montante representa um aumento de 29% em relação ao plano anterior.
Dos investimentos no Brasil, destaca-se o crescimento nos segmentos de Exploração e Produção (aumento de 32%), Downstream (aumento de 35%) e Petroquímica (aumento de 30%), além da ênfase nos biocombustíveis que receberão US$ 1,5 bilhão.
Na atividade internacional, os investimentos serão aplicados principalmente na área de exploração e produção, com foco na América Latina, Oeste da África e Golfo do México.
O crescimento dos investimentos deve-se a: US$ 13,3 bilhões referentes a novos projetos, US$ 10,9 bilhões referentes a aumento de custos devido ao aquecimento do mercado de equipamentos e serviços do setor, US$ 4,2 bilhões em razão da valorização cambial e o restante referente a outros fatores tais como mudança no escopo dos projetos, no modelo de negócio etc..
Nos investimentos acima estão incluídos US$ 18,2 bilhões a serem aplicados, pelas diferentes áreas, na cadeia brasileira de gás natural, visando desenvolver, liderar e garantir o suprimento confiável de gás natural ao mercado brasileiro. Os parceiros da Petrobras no setor deverão investir US$ 1,0 bilhão adicional no mesmo período.
Com o Plano 2008-2012, a Petrobras estima obter uma geração própria de caixa de US$ 104,4 bilhões no período (líquido do pagamento de dividendos), recurso suficiente para cobrir 93% do Plano de Investimentos. As captações no mercado financeiro serão de US$ 19,4 bilhões e a amortização das dívidas de US$ 11,4 bilhões.
A empresa informou que continuará com sua política de alongamento do prazo da dívida de forma que, apesar do aumento dos investimentos, o índice de alavancagem financeira média será inferior ao do plano anterior.
Com relação aos biocombustíveis, a companhia visa tornar-se uma empresa global na comercialização e logística de biocombustíveis, liderando a produção nacional de biodiesel e ampliando a participação no negócio de etanol, contando com atuação da o H-BIO para alavancar o crescimento desse mercado.
(Silvia Regina Rosa - InvestNews)