De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, a importação do setor - dos quais cerca de 10% são relativos ao segmento de Porcelanato - caiu 30% entre o primeiro trimestre de 2007 e o trimestre seguinte, ao passar de US$ 5,81 milhões para US$ 4,07 milhões, encerrando uma seqüência de três trimestres de elevação. Os números ainda são discretos, uma vez que a queda das importações neste período já era esperada, mas sinalizam que a norma poderá se tornar um fator limitante à entrada de produtos de outros países, principalmente chineses, muitos deles considerados mais baratos e de menor qualidade em relação ao Porcelanato brasileiro.
A gerente da área de relações internacionais da Associação Nacional de Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer), Alaís Coluchi, ressalta que não há uma norma internacional atual que regulamente a produção de Porcelanato no mundo. ´Há apenas textos do final da década passada que apresentam uma brecha muito grande aos fabricantes com relação à qualidade dos produtos´, diz.
Por isso, ainda é incerto qual será o impacto real da norma brasileira no número de produtos importados pelo Brasil, principalmente da China, que representa quase 90% das compras do País neste setor. Apesar de destacar que a norma não visa restringir a entrada de produtos chineses, ela lembra que a participação do Porcelanato chinês no mercado nacional, hoje em aproximadamente 11% do total, poderia chegar a até 40% em 2008 antes da instalação dessa norma, ´mas esse percentual deve cair em relação a essa projeção´. ´Com essa norma, o País se retira da guerra de preços com fabricantes de outros países´, destaca a executiva.
Dessa forma, o setor poderá atingir sua meta, que é elevar a participação do Porcelanato no total produzido pelo setor cerâmico nacional dos atuais cerca de 10% para 30% a 35% em um prazo de cinco anos.
(André Magnabosco - InvestNews)