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Material de construção terá menos investimentos

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SÃO PAULO, 18 de maio de 2007 - O segmento de materiais para construção da indústria de transformação está menos disposto a investir no segundo trimestre de 2007, avalia o coordenador de sondagem conjuntural da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloísio Campelo. Segundo o economista, uma das explicações para isso é o fato do setor "ter saído do fundo do poço em 2005, para um grande crescimento em 2006". "No primeiro trimestre deste ano, o desempenho das indústrias de materiais de construção foi excelente, entretanto os empresário já começam a mostrar desânimo com relação a demora na aprovação dos projetos relacionados ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), que demandaria um aumento da produção", acredita.

De acordo com a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação realizada pela FGV, no segundo semestre de 2007 apenas 33% das empresas do setor de materiais de construção pretendem investir no aumento da capacidade instalada, contra 40% que estimavam aumento de investimentos no primeiro semestre do ano. Para Campelo, além do desânimo, o resultado reflete a condição das empresas em atender a demanda momentânea do mercado.

Além dos estímulos relacionados ao PAC, o mercado de construção civil recebeu uma série de incentivos do governo desde meados de 2006, quando começou a política de redução de juros para a aquisição da casa própria e também a diminuição da incidência de impostos sobre uma série de materiais para construção. As incitativas visam reduzir o déficit habitacional brasileiro estimado em 7,9 milhões de moradias. "Essas medidas animaram o setor, que agora começa a perceber que para os projetos saírem do papel demanda mais tempo do que o esperado", avalia Campelo.

(Vanessa Stecanella - InvestNews)