Vagner Ricardo, Agência JB
RIO - Fora um fundo estrangeiro e um investidor pessoa física, mais 24 aplicadores que realizaram movimentações atípicas com ações do grupo Ipiranga antes de sua venda para o consócio formado por Petrobras, Grupo Ultra e Brasken serão investigados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Ministério Público Federal.
Na noite desta quarta-feira, a CVM e o MP federal, numa ação inédita, conseguiram bloquear as contas de um fundo estrangeiro (R$ 3,3 milhões), com sede nos Estados Unidos, e de uma pessoa física (R$ 970 mil) que tiveram ganhos de respectivamente 40% e 69% com a compra na semana que antecedeu a negociação do grupo Ipiranga e venda das ações na segunda-feira, dia do anúncio da incorporação por meio de fato relevante encaminhado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
As investigações da CVM serão concluídas no prazo de 90 dias, mas no prazo de um mês o MP federal vai impetrar uma ação civil pública para cobrar indenização para os investidores que foram lesados por desconhecerem a negociação em curso do grupo Ipiranga.