O presidente da instituição que agrega as financeiras, José Arthur Assunção, acredita que o Copom vai continuar baixando os juros nas próximas reuniões: "A meta para esse ano de inflação vai ser conseguida com folga pelo Banco Central (BC) e todas as expectativas do mercado apontam para novo sucesso do BC no ano que vem. Em contrapartida, as projeções do Produto Interno Bruto (PIB) seguem diminuindo a cada semana e tudo leva a crer que dificilmente chegará aos 3%. Poderá até se aproximar dos pífios 2,3% de 2005", prevê.
"Esses dois fatores conjugados, um excelente, a inflação sob controle e outro péssimo, o produto interno em níveis muito baixos estão pondo a taxa Selic em queda livre. Nunca tivemos uma taxa de juros básica tão pequena, apesar de ainda ser, em termos reais, a mais alta do planeta".
"É difícil projetar os passos da política monetária para 2007, mas de uma coisa podemos ter certeza: a Selic continuará caindo e vai ficar num patamar real inferior a 10 pontos, fato que se não é inédito, pelo menos não me lembro de quando foi registrado pela última vez".
Para 2007, Assunção acredita que os cortes na Selic deverão ser menores: "acho que o Copom poderá continuar mais agressivo nas duas primeiras reuniões do ano, com novos cortes de 0,5 ponto, mas nas outras reuniões, a tendência é de que as quedas sejam reduzidas para 0,25 ponto percentual por reunião".
(MLC - InvestNews - Serviço de Mercado e Cotações - SMC)