SÃO PAULO, 29 de novembro de 2006 - O corte de 0,50 ponto percentual na taxa de juro básico, que reduziu a Selic de 13,75% para 13,25% ao ano, terá um efeito muito pequeno operações de crédito, como as de empréstimo pessoal, avalia o economista da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira.
Segundo ele, esse impacto limitado ocorre uma vez que existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas ao consumidor que, na média da pessoa física, atingem 136,32% ao ano, provocando uma variação de mais de 800,00% entre as duas pontas. "Em algumas financeiras em linhas de empréstimo pessoal, estas taxas chegam a atingir mais de 1.300,00% ao ano", explica.
Para ele, ainda há espaço para uma queda maior na próxima reunião. "Entretanto, considerando as últimas elevações dos índices de inflação, creio que o Banco Central deva manter a política excessivamente conservadora", disse.
(Redação - InvestNews)