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Gastos poderão deixar de crescer acima do PIB em 2007

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SÃO PAULO, 29 de novembro de 2006 - O Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef) interpretou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira, de reduzir a taxa Selic para 13,25% ao ano, como um sinal de que haverá ajuste fiscal suficiente para reduzir os gastos correntes, de caráter inflacionário. "Caso contrário, o Copom teria reduzido o ritmo dos cortes desde já", avalia Walter Machado de Barros, presidente do Ibef.

Após a decisão do Copom, Machado divulgou nota explicando que o corte de 0,50 ponto percentual pode ser visto como um sinal de que o BC trabalha com a possibilidade de a política de gastos públicos correntes e transferências deixar de seguir crescendo acima do PIB em 2007. "A decisão nos deixa otimistas de que haverá corte de gastos, desoneração tributária e a adoção de reformas para gerar os recursos necessários para investimentos."

Para ele, a manutenção do ritmo de cortes reforça a tese de que o crescimento econômico não virá a reboque do gasto público e respeitará o controle da inflação. "O que esperamos do Governo é exatamente uma política de desenvolvimento através da redução de gastos, para aí sim direcionar o que for economizado para novos investimentos. O importante é que haja o mesmo desembolso, sem que haja a necessidade de arrecadar mais para investir, por exemplo, em infra-estrutura."

(Redação - InvestNews)