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Rodízio combinado de empresas marca começo de leilão

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RIO, 28 de novembro de 2006 - A Oitava Rodada de Licitações de Petróleo começou diversificado, com vitória de cinco empresas para a exploração de apenas cinco blocos. Mesmo com elevado risco exploratório, o setor SS-AP3-NF, na bacia de Santos, recebeu nove ofertas de compra. Como só podiam oferecer lances para quatro blocos, as empresas se arranjaram em consórcios, revezando no controle majoritário de cada um.

A Petrobras ficou como operadora de dois blocos (S-M-982 e S-M-1109), além de participar na composição do capital na exploração de outros dois blocos. Parceira da estatal a a norueguesa Norsk, a Repsol levou o S-M-1105. A norueguesa, por sua vez, ficou como operadora S-M-1233, novamente em parceria com Repsol e Petrobras. A entrada em consórcio foi uma das maneiras da Petrobras de contornar as limitações impostas pela agência. Neste setor, com mais cinco blocos que irão em leilão em seguida, cada petroleira poderá fazer ofertas por apenas três blocos.

A estreante ONGC, empresa indiana, conseguiu arrematar o bloco S-M-1103, enquanto a italiana Eni ficou com o S-M-857.

Em frente aos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a bacia de Santos é uma das mais cobiçadas pela existência de petróleo leve e gás natural. Já foram perfurados 171 poços que culminaram na descoberta de dez campos produtores. Cinco são de gás natural - Mexilhão, Lagosta e Merluza, em São Paulo;Tambaú e Uruguá, no Rio de Janeiro. Outros cinco de óleo leve têm participação ou operação da Petrobras.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) habilitou 43 empresas, das quais 18 são brasileiras. A área total em oferta é de 101.600 km2, subdividida em 284 blocos em sete bacias sedimentares: 188 blocos em mar nas bacias de Barreirinhas, Espírito Santo, Pará-Maranhão, Pelotas, Santos e Sergipe-Alagoas e 96 em terra nas bacias de Tucano Sul e Sergipe-Alagoas. Conforme orientação do governo federal, os blocos oferecidos atendem às diretrizes de priorizar áreas com potencial para gás natural e óleo leve.

(Sabrina Lorenzi - InvestNews)