O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) convocou nove usinas a gás a entrar em operação em outubro, mas apenas seis funcionaram. Em setembro, cinco das treze usinas a gás chamadas a operar não despacharam. Plantas a óleo foram acionadas, com custo de geração três vezes maior que o valor pago às térmicas a gás.
A decisão deflagrou guerra entre o MME e a agência. Rondeau e o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman trocaram farpas na semana passada por causa da iminência de retirada das térmicas do sistema. De um lado, a Aneel argumenta que a inclusão de térmicas que não funcionam na contabilização da potência disponível é maquiagem e acaba elevando o risco de apagão.
O ministro Silas Rondeau, por sua vez, disparou críticas à Aneel, e lembrou que a busca por energia nova para substituir a retirada das térmicas poderá aumentar expressivamente as contas de luz. "Precisamos encontrar um equilíbrio entre segurança energética e preço. A questão é como garantir segurança sem explosão tarifária. Se eu retirar as térmicas, o preço explode" reclamou, ao deixar a abertura da Oitava Rodada de Licitações de Petróleo.
(Sabrina Lorenzi - InvestNews)