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Conselho de Ética arquiva processo contra Magno Malta

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SÃO PAULO, 28 de novembro de 2006 - O Conselho de Ética do Senado aprovou hoje, por unanimidade, parecer do senador Demóstenes Torres (PFL-GO) que pedia o arquivamento do processo contra o senador Magno Malta (PL-ES) por "inequívoca insuficiência" de provas. Em relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, Malta foi acusado de participação em um esquema de fraude na compra de ambulâncias.

O senador foi investigado por uso de um carro Fiat Ducato, que teria sido emprestado pelo deputado Lino Rossi (PP-MT). O veículo, segundo Demóstenes Torres, pertencia à Planam, pertencente à família Vedoin, apontada como operadora do esquema de fraude.

"O fato é que não conseguimos provar que o senador tinha ciência de que esse carro pertencia aos Vedoin. O que não é certeza em Direito não pode gerar condenação. Então, o senador foi agraciado com o benefício da dúvida", afirmou Demóstenes. "Não tenho provas de que é culpado ou inocente", acrescentou o senador.

No relatório, Demóstenes Torres citou o escritor Machado de Assis e o romance Dom Casmurro para evidenciar a falta de provas. No romance, o personagem Bentinho é atormentado uma dúvida: se sua esposa Capitu o trai com o amigo Escobar.

"Como Bentinho, tenho acompanhado um caso intrigante, que, postumamente, a Machado rendeu diversas versões. Muitas (são) convincentes, mas não posso afirmar com 100% de certeza que Capitu fraquejou e foi nadar em praias escobarianas", disse o relator.

As informações são da Agência Brasil.

(Redação - InvestNews)