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Aneel deve esperar GNL antes de explodir tarifa

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RIO, 28 de novembro de 2006 - A chegada do Gás Natural Liqüefeito (GNL) no País é um dos argumentos do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, para segurar a potência das térmicas na contagem da energia disponível no sistema. A falta de gás suficiente para abastecer as térmicas é a causa da decisão da Aneel, de agora há pouco, de retirar a potência das térmicas com problemas de abastecimento do sistema elétrico. Com o aumento da oferta do insumo, o problema será resolvido.

A Petrobras anunciou que começa a importar GNL em 2008 e já iniciou concorrência para contratar navios específicos para regazeificar o produto no País. Outra medida é a antecipação da produção de gás natural em campos com descobertas recentes. A estatal, depois da crise com a Bolívia, decidiu priorizar campos com gás em vez de dar preferência, como sempre, a áreas com óleo.

O problema de falta de lastro de funcionamento ronda as térmicas desde o lançamento do Programa Prioritário de Térmicas (PPT), lançado pelo governo Fernando Henrique Cardoso na ocasião de um dos maiores apagões da história, em 2001. O setor já alertava o governo para a falta de gás suficiente para dar vazão a tantas térmicas (eram 49 inicialmente).

No Nordeste, a falta de gás é crônica, com freqüente necessidade de despacho de térmicas a óleo combustível ou interrupções de energia.

O porblema da oferta de gás fez a Petrobras pedir ao governo para desestimular o uso de Gás Natural Veicular (GNL). Em maio, a diretoria da empresa chegou a se manifestar contrária ao crescimento do consumo, defendendo o corte em segmentos onde há substitutos mais práticos.

(Sabrina Lorenzi - InvestNews)