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GLN chega para fortalecer responsabilidade corporativa

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SÃO PAULO, 27 de novembro de 2006 - Os projetos de responsabilidade social da Alcoa, Basf, Philips, Santander Banespa e Vivo estão passando por um processo de reestruturação com o objetivo de alinhar benefícios para a sociedade à melhora na gestão de seus negócios. Na prática, os programas sociais mantidos pelas companhias estariam evoluindo para a prática de responsabilidade corporativa, na qual as iniciativas são montadas de acordo com o core business das empresas, de modo que possam minimizar os impactos decorrentes de suas operações, melhorar o relacionamento com seus clientes e aprimorar a gestão, por meio de ações sustentáveis.

As cinco empresas citadas no parágrafo anterior são as únicas no Brasil sob o selo da Global Leadership Network (GLN), uma rede internacional de empresas que se uniram para trocar experiências a respeito das iniciativas de responsabilidade corporativa. A GLN, que nasceu há três anos nos Estados Unidos, está presente em quatro países - além de EUA e Brasil, também está no Reino Unido e na Austrália. Das dez empresas que mais investem em responsabilidade corporativa no mundo, segundo ranking do Boston Consulting Group, quatro fazem parte da GLN.

Os membros da Global Leadership Network seguem uma espécie de cartilha elaborada por membros do grupo. "A GLN define excelência em responsabilidade corporativa, que é quando você alinha totalmente as ações sociais com o core business", afirma Luis Eduardo Sartori Iseppe, sócio-diretor da Rever Consulting, a única consultoria brasileira autorizada a seguir o modelo elaborado pela rede global. "Além dos modelos conceituais, a GLN construiu ferramentas e metodologias para atingir o objetivo final", acrescenta Iseppe.

O sócio da Rever Consulting usa um exemplo internacional para explicar a responsabilidade corporativa. A sede da IBM nos Estados Unidos, que é membro da GLN, decidiu investir na formação infantil, mas com vistas a seu negócio. A empresa, que precisa de profissionais especializados em informática, financia o ensino básico desta ferramenta por meio do programa Kid Smart, incentivando o interesse pela informática na infância.

"No caso do setor de mineração, os assuntos de maior interesse estão relacionados à questão ambiental, como gestão de resíduos, impacto das atividades sobre o meio-ambiente e a própria comunidade, e questões trabalhistas. Para os clientes financeiros, as iniciativas envolvem marketing responsável, abordagem aos clientes e direitos do consumidor", afirma Iseppe.

(Tatiana Freitas - InvestNews)