Segundo Iseppe, 70% das atividades deste ano referiram-se ao conjunto tradicional de atividades de consultoria, mas com foco na identificação em ações sociais que estivessem relacionadas ao core business das empresas. Entre as atividades, Iseppe cita entrevistas com executivos, realização de workshops, análise de mercado, elaboração de relatórios sociais etc. Os outros 30% foram dedicados a reuniões em grupo com membros de todas as empresas, para a discussão de assuntos de interesse comum. "É estabelecido um benchmark para que uma empresa ajude a outra a evoluir mais rapidamente", afirma. A partir do próximo ano, a tendência é de que essas atividades se invertam em termos de participação.
"Ainda estamos avaliando os projetos existentes e fazendo cruzamentos sobre os assuntos relativos a cada setor para adaptar os programas ao modelo da GLN", afirma o sócio-diretor da Rever Consulting. Para se ter uma idéia do potencial dos projetos de responsabilidade corporativa dos membros brasileiros da GLN, em 2005 a Basf investiu cerca de R$ 4,2 milhões em ações junto às comunidades externas. Nos últimos quatro anos, foram aproximadamente R$ 11,8 milhões para a manutenção dos projetos sociais no Brasil. A Philips, por sua vez, investe ? 3 milhões em sustentabilidade no mundo, por ano, enquanto a Alcoa separou R$ 8,2 milhões para projetos sociais e relações comunitárias em 2005.
A rede de aprendizado, que leva o selo da AccountAbility e da Boston College, nasceu há três anos, com quatro empresas norte-americanas, mas com o compromisso de recrutar novas empresas e expandir as suas atividades para outros países. Para isso, a GLN procurou parceiros regionais que pudessem promover o grupo em seu país de atuação e oferecer um suporte regional para a rede. Foi assim que nasceu a parceria com a Rever Consulting, consultoria brasileira especializada em estratégias sustentáveis.
Hoje, a GLN reúne 21 empresas localizadas nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, além do Brasil. A meta da rede é atingir 50 empresas em todo o mundo em 2007 e dobrar a sua presença no Brasil, com dez companhias. China, África do Sul e Chile estão prestes a receber oficialmente a GLN.
(Tatiana Freitas - InvestNews)