EFE
BERNA (Suíça) - Os suíços aprovaram neste domingo em plebiscito, com 53,17% dos votos, o pagamento à União Européia (UE) de 1 bilhão de francos (600 milhões de euros) como contribuição à coesão econômica e social dos últimos dez países que ingressaram no bloco.
Os partidários do "não", apoiados pela União Democrática de Centro (direita nacionalista), obtiveram 46,83% dos votos, com um índice de participação de 44,85%, segundo os dados divulgados no site de informação oficial "Swissinfo".
Após esta apertada vitória do "sim", a favor de estreitar as relações com a UE, a Suíça entregará essa contribuição ao longo de dez anos e com ela financiará uma série de projetos escolhidos pelas autoridades suíças em Polônia, Hungria, República Tcheca, Lituânia, Letônia, Eslováquia, Estônia, Eslovênia, Chipre e Malta, países incorporados ao bloco em maio de 2004.
Os eleitores suíços de Genebra, Jura, Neuchâtel, Zug, Argovía, Basiléia, Basiléia-cidade, Soleure, Grisones, Lucerna, Valais, Berna, Freiburg, Vaud e Zurique se pronunciaram a favor dessa ajuda aos novos membros da UE, em sua maioria países ex-soviéticos.
O "não" ganhou nos cantões de Glaris, Nidwald, Obwald, Shaffhouse, Appenzell-Rodas Exteriores, Appenzell-Rodas Interiores, Schwyz, St. Gall, Turgovia, Ticino e Uri.
Bruxelas pediu a Berna em 2003 que contribuísse ao financiamento da ampliação da UE em dez novos países, assim como já fazem Noruega, Islândia e Liechtenstein, que, como a Suíça, pertencem à Associação Européia de Livre Câmbio (Aele, em francês).
A Noruega contribui para a coesão européia com 206 milhões de euros ao ano e até 2013 terá entregue a Bruxelas pouco mais de um bilhão de euros.
A decisão de submeter esta ajuda à aprovação popular partiu da União Democrática de Centro.
Os suíços das regiões francófonas do país foram os mais favoráveis a essa contribuição, com índices de aprovação médios superiores a 50%, enquanto os que rejeitaram a medida fazem parte dos cantões do centro e leste do país, assim como do cantão de fala italiana de Ticino.
Nos cantões de fala alemã, os eleitores ficaram mais divididos, embora o 'sim' tenha ganho nos mais povoados e ricos, como Zurique e Lucerna, além de Argóvia e Zug.