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Volume deve crescer 18%, para R$ 717 bilhões

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SÃO PAULO, 24 de novembro de 2006 - A agência de classificação de risco Austin Rating prevê um crescimento do volume de crédito da ordem de 18% sobre o registrado em 2005, devendo bater a cifra de R$ 171 bilhões. Para as operações realizadas pelas pessoas físicas, as estimativas apontam para um crescimento da ordem de 25% sobre o volume do ano anterior.

Ontem, o Banco Central apresentou os dados sobre o volume das operações de crédito e nível de inadimplência referentes ao mês de outubro. O volume de crédito no sistema financeiro nacional cresceu 1,9% no mês e atingiu a cifra de R$ 697,3 bilhões. No acumulado do ano, o volume cresceu 14,9% e 21,1% nos últimos 12 meses.

Para o final do ano, período onde se concentra o maior volume de consumo no varejo, a Austin acredita que haverá algo em torno de R$ 7,2 bilhões para o consumo via crédito, que significa um acréscimo de 10% em relação ao último trimestre de 2005. "Se nossa expectativa se concretizar, será um recorde histórico para as operações de crédito das pessoas físicas no país, revelando tanto a melhora do emprego e renda, conforme divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), bem como a maior confiança na economia nacional e mudança estrutural de ação do mercado financeiro em um momento de taxa de juros em níveis sem precedentes na recente história da estabilidade monetária do país", destaca comunicado enviado pela agência.

O volume de crédito das operações realizadas pelas pessoas físicas com recursos livres atingiu a cifra de R$ 189,07 bilhões em outubro, um crescimento de 21,8% no ano e de 24,6% nos últimos 12 meses. Os vencimentos das operações realizadas pelas pessoas físicas estão concentrados em até 12 meses, representando 68,2% do total, sendo que 37% das operações vencem nos próximos 6 meses.

Entre as operações de crédito mais utilizadas pelas pessoas físicas, o destaque fica por conta do crédito pessoal, que representa 41,3% do total, seguido pelas aquisições de veículos com 32,5% e pelas operações com cheque especial e cartão de crédito (ambas com 7,1%).

Segundo a Austin, a concentração das operações em crédito pessoal se deve, em grande parte, ao empréstimo consignado em folha de pagamento devido principalmente pela reduzida taxa de juros cobrada: 2,50% contra 4,76% na média das demais.

Hoje, o empréstimo consignado representa 52,7% do total do crédito pessoal, ou R$ 45,7 bilhões, sendo que esse valor só não é maior em virtude do nível de burocracia existente para a realização das operações por parte do funcionalismo do setor privado, que representam apenas 12,4% do total.

A agência também destaca que apesar do forte crescimento das operações de crédito realizadas pelas pessoas físicas, o nível de inadimplência tem se mantido relativamente estável nós últimos meses. Na média entre janeiro e outubro, as dívidas em atraso até 90 dias representam 7% do total, ligeiramente superiores aos 6,7% observados no mesmo período de 2005.

Com relação às dívidas em atraso acima de 90 dias, houve pequena deterioração, passando de 6,2% em 2005 para 7,4%, mesmo assim se mantém abaixo do nível mais crítico da série que foi observado dos anos de 2002 (8,2%) e 2003 (7,7%).

(Redação - InvestNews)