No item transportes, o destaque foi a presença de serviços alternativos nos municípios. De acordo com a pesquisa, em 52% deles, a população usa vans, kombis e lotações para se locomover. Na maior parte desses municípios (63,3%), o serviço é informal. A região onde esse tipo de transporte é mais freqüente é o Nordeste.
A pesquisa mostrou que o serviço de mototáxi está presente em 47,1% dos municípios brasileiros. As regiões Norte e Nordeste são as que têm maior proporção de municípios com o serviço.
De acordo com a gerente da pesquisa do IBGE, Vânia Machado, o estudo revela a informalidade do transporte coletivo, que muitas vezes é utilizado para atender a necessidades locais ou para preencher lacunas deixadas por outras modalidades, como o ônibus, por exemplo. ´Muitos municípios, normalmente municípios pequenos, não têm tanta necessidade de transporte coletivo por ônibus, por seu próprio tamanho e de sua população´, disse Vânia Machado.
Enquanto em pequenos municípios o serviço de mototáxi é utilizado para transportar pessoas a locais desatendidos por linhas de ônibus, nas grandes cidades o transporte tem sido utilizado como alternativa para os congestionamentos ou para o acesso a pontos de difícil penetração por falta de estrutura viária, como, por exemplo, as favelas.
O músico Delson de Aquino usa freqüentemente o mototáxi, para se deslocar no Rio de Janeiro. ´O transporte alternativo facilita a vida para quem tem pressa, porque o trânsito hoje está muito difícil - a gente não consegue andar no Rio de Janeiro´, disse ele, ao tomar uma moto, próximo ao morro Santo Amaro, zona sul da cidade.
No Rio, assim como em grande parte dos municípios do País, o transporte de passageiros por mototáxi não é regulamentado. Segundo a pesquisa do IBGE, na média nacional, a informalidade do serviço chega a 75,7%.
Vânia Machado não vê problemas na existência de meios alternativos de transporte da população. ´A questão é regulamentá-los´, afirmou.
Quanto aos dados sobre atividades artísticas e culturais, a Munic apontou o bordado como a principal atividade artesanal no País, presente em 75% dos municípios brasileiros.
O levantamento também indicou o aumento no número de municípios com bibliotecas, que passou de 76,3% no ano de 1999 para 85% em 2005.
Outra constatação foi a redução do número de livrarias neste período. Em 1999, existiam livrarias em 35,5% dos municípios, mas, em 2005, o percentual caiu para 31%. Segundo Vânia Machado, o provável motivo da redução são os outros meios de acesso aos livros utilizados atualmente. ´Hoje, você compra livros pela Internet, no supermercado, em bancas e até em farmácias´, disse ela.
As informações são da Agência Brasil.
(Redação - InvestNews)