Mais cedo, durante a visita às obras de construção do hospital municipal Pimentas Bonsucesso, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, o presidente disse que é preciso 'destravar o País'. Lula repetiu ainda que seu novo mandato será marcado pela ousadia. 'Eu já estou há dez dias fazendo reuniões setoriais para destravar o País. Quero começar o segundo mandato agindo de forma muito mais forte e ousada', afirmou.
O presidente prometeu que até o final do ano, portanto antes da sua posse para o novo mandato no dia 1º de janeiro, divulgara uma série de medidas para desburocratizar e destravar o que chamou de obstáculos para o crescimento econômico. Lula deixou claro que parte da trava ao crescimento está em algumas instituições. O presidente classificou como obstáculos às leis as questões ambientais, a burocracia, a oposição, o Congresso, o Ministério Público e finalmente o Tribunal de Contas da União (TCU).
Ladeado pelos ministros da Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, João Feijó, além da diretoria da Mercedes-Benz e diante de uma platéia de aproximadamente quatro mil funcionários da empresa, Lula relembrou seus tempos de dirigente sindical e não deixou de relatar 'alegras e tristezas' vividas à porta da própria empresa nas décadas de 70 e 80. 'Houve dias em que aqui na porta havia uma fila de trabalhadores para serem contratados e houve dias em que havia uma fila de trabalhadores demitidos. Mas isso é normal nos confrontos entre o capital e o trabalho', disse o seu Luiz.
(Marcos Seabra - InvestNews)