Pereira lembrou que, além disso, existe a competição das praias do Nordeste com as da Indonésia, na Ásia, e de outros países. "O turista, principalmente o internacional, não quer se arriscar a ir para uma região onde não tem certeza de que o vôo dele vai sair, mesmo que, pelo menos, com até duas a três horas de atraso. Acredito que, se todos cooperarem haverá prejuízos, mas não tão significativos como se possa imaginar", ressaltou.
O presidente da Infraero disse que o problema do atraso nos pousos e decolagens de aviões ocorrido nesta sexta-feira em Recife pode ter sido causado pela demora na liberação das aeronaves pelas próprias companhias aéreas, pela meteorologia e pelo congestionamento do espaço aéreo. Hoje, no Aeroporto Internacional dos Guararapes, seis vôos chegaram e sete saíram com atrasos que variaram de uma a quatro horas.
De acordo com Pereira, a principal dificuldade ainda está no controle do tráfego aéreo de Brasília, de onde se origina a maior parte dos vôos do país.
Ele disse que as medidas emergenciais tomadas pelo Ministério da Defesa para resolver a crise do setor, como a contratação de 19 controladores de vôos aposentados, vão assegurar operações aéreas tranqüilas no período do Natal e do Ano Novo. "A solução definitiva da questão só deve ocorrer no prazo de um ano e meio", destacou.
Segundo Pereira, hoje, 80 controladores de vôo recebem diplomas de conclusão do curso, em cerimônia em São Paulo, mas, antes de começar a controlar radares complexos, eles precisam passar por cursos de sete a oito meses de capacitação.
Pereira informou que, na Infraero, existem 490 servidores que trabalham em torres de controle de 20 aeroportos do país e que a empresa está convocando agora 100 concursados, incluindo 40 controladores de vôos.
De acordo com Pereira, o aeroporto que mais sofreu impactos por causa dos atrasos na saída e chegada de aeronaves foi o de Congonhas, em São Paulo, que comporta cinco mil passageiros com conforto, e passou a receber 16 mil. "Isso gerou problemas de assistência médica, saturou a capacidade dos banheiros e restaurantes e congestionou o trânsito. Foi efeito cascata", observou.
As informações são da Agência Brasil.
(Redação - InvestNews)