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Piso da previdência deve ser desvinculado de mínimo

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RIO, 23 de novembro de 2006 - Mais voltada para resolução de problemas sociais do que fiscais, a especialista do Ipea Ana Amélia Camarano destoa da maioria de seus colegas do órgão governamental, que defendem cortes no orçamento e a desvinculação do salário mínimo da Previdência.

"O mínimo já é o mínimo. Considerando ainda que os idosos gastam mais que os não idosos, como poderão receber ainda menos que as pessoas mais jovens?", preocupa-se a economista. De fato, o chefe do Centro de Estudos Sociais da FGV, Marcelo Néri, constatou que os idosos têm custo de vida mais alto. Além disso, mostra que a inflação dos idosos cresceu 10 pontos percentuais mais que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 1994 até 2006.

Apesar disso, Néri avalia que o piso previdenciário deveria ser desvinculado do salário mínimo. "A Constituição diz que o o poder de compra tem que ser mantido, o que pode - e deve - ser feito por índices específicos. Objetivos trabalhistas são diferentes de previdenciários", argumenta.

(Sabrina Lorenzi - InvestNews)