Segundo o analista, o mercado de varejo online (excluso veículos da conta), que movimentou R$ 1,94 bilhão durante o primeiro semestre, deve encerrar 2006 com R$ 4,5 bilhões transacionados. A cifra é alta, mas ainda é bastante pequena se comparada com os cerca de R$ 180 bilhões movimentados pelo varejo tradicional. "O potencial de crescimento é fantástico", disse Kawassaki.
Um ponto interessante levantado pelo especialista é a possibilidade do fim do frete grátis para as entregas. A Americanas.com era a maior concorrente do Submarino. Se uma oferecia o frete sem custo ao consumidor a outra também o fazia.
Segundo Kawassaki, o custo de frete representa cerca de 2% das receitas do Submarino, recurso que pode ser agregado positivamente ao balanço da companhia.
A fusão é positiva para as duas empresas, mas Submarino sai ganhando um pouco mais, pois a união agrega uma grande capacidade logística e aumenta significativamente o poder de barganha. "Reduz custos e aumenta a lucratividade. É um mundo maravilhoso que a Americanas proporcionou ao acionista do Submarino", avalia.
Há pouco, as ações do Submarino (SUBA3) avançavam 19,7%, para R$ 62,85. Outro ponto que torna o negócio atrativo aos acionistas do Submarino, que terão de aprovar a fusão em assembléia, é o pagamento de R$ 500 milhões em dividendos caso a fusão seja aprovada. Já as ações das Lojas Americanas, controladora da Americanas.com, (LAME4) caíam 3,85%, para R$ 104,80.
Pelos termos do acordo, cada ação atual do Submarino será substituída por uma ação da B2W. O capital da nova empresa, que será negociada no Novo Mercado, será assim dividido: 53,25% para Lojas Americanas e 46,75% para os acionistas do Submarino. O conselho de administração será formado por nove membros, sendo cinco indicados por Lojas Americanas e quatro membros independentes do Submarino.
(Eduardo Campos - InvestNews)