A agência também reafirmou a classificação BB+ para o rating de longo prazo em moeda local, e a classificação B para a dívida de curto prazo em moeda local. Também foi revista de estável para positiva a classificação do rating brAAA+ na escala nacional de crédito.
De acordo com o comunicado, a mudança na perspectiva reflete a contínua diminuição das vulnerabilidades externas e fiscais do País. Outro ponto indicado pela S&P é a sinalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reduzir progressivamente as "inflexões" fiscais em seu segundo mandato.
A S&P espera que a o Governo Federal, oposição e governos estaduais tratem de duas grandes fraquezas fiscais durante este segundo mandado de Lula: o gasto público extremamente elevado e de baixa qualidade e a questão tributária. "Com o crescimento econômico continuando a desapontar, o consenso que cerca a redução da carga tributária sufocante está crescendo, já que o reconhecimento desta necessidade também implica na racionalização dos gastos", destaca o comunicado enviado pela agência.
Para a S&P, ao fazer isso, os resultados positivos não seriam colhidos apenas no âmbito fiscal, mas também na questão dos investimentos e perspectivas de crescimento, assim como na avaliação de crédito.
Mas a agência também alerta: "Se o comprometimento com a política fiscal perder força inesperadamente, uma política fiscal mais equilibrada não for adotada ou o governo não conseguir responder adequadamente a choques imprevistos, a perspectiva pode se reverter para estável."
Ainda de acordo com a agência, a classificação do País segue restrita pela ainda elevada dívida governamental e externa e pelas baixas perspectivas de crescimento. Segundo a agência, a relação dívida/PIB de 49% segue acima da apresentada por países semelhantes e caindo de forma muito lenta.
A notícia não teve grande impacto sobre o mercado brasileiro. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) manteve o patamar de alta, de 0,20%, aos 41.654 pontos.
(EC - InvestNews)