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Índice volta a se aproximar dos 42 mil pontos

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SÃO PAULO, 22 de novembro de 2006 - Depois de um pregão bastante instável, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) firmou posição em território positivo ajudada pela melhora dos mercados em Nova York e pela melhora na perspectiva de rating soberano anunciada pela Standard & Poor´s. O Ibovespa encerrou em alta de 0,82%, aos 41.913 pontos, se aproximando do recorde de 41.979 pontos registrado dia nove de maio. O giro financeiro foi de R$ 3,0 bilhões.

Em Nova York o pregão andou de lado em uma sessão mais tranqüila que a usual devido ao feriado do Dia de Ação de Graças, que mantém a bolsa fechada amanhã.

Pouco antes das 17 horas, a S&P divulgou comunicado elevando a perspectiva do rating soberano de longo prazo em moeda estrangeira e local do Brasil de Estável para Positiva. A notícia não teve impacto imediato sobre o mercado, que seguiu oscilando no patamar de alta de 0,2% observado durante grande parte do pregão. O movimento de compra ganhou vulto na meia hora final de sessão.

Com a medida, o País fica um passo mais próximo de conseguir uma melhora na sua atual classificação "BB", dois patamares abaixo do almejado investment grade. Outros países que receberam o grau de investimento observam valorização de cerca de 30% em seus mercados.

Para Álvaro Bandeira, diretor da Ágora Corretora, o movimento era esperado. "O Brasil vem melhorando e estas avaliações positivas tendem a se suceder."

Assim como a agência, Bandeira destaca a importância da realização de reformas, como fiscal, previdência e tributária, para ajustar o endividamento e os gastos no País. "O Brasil vai ter que fazer uma reforma logo no início do ano, não visando melhora de rating, mas sim um crescimento maior e a sustentabilidade deste crescimento. Se o presidente quer crescer 5% ao ano tem que trabalhar neste sentido", avalia.

Quanto às movimentações na Bovespa, Bandeira acredita ser inevitável a quebra da barreira dos 42 mil pontos. "Não tem outro jeito senão buscar o recorde, outros mercados, inclusive o Dow Jones já bateu os recordes."

O movimento de alta foi puxado pelo setor financeiro. O Banco do Brasil (BBAS3) disparou 4,16%, para R$ 58. O Itaú (ITAU4) ganhou 2,20%, para R$ 74,10, o Bradesco (BBDD4) subiu 0,81%, para R$ 83,17, e o Unibanco (UBBR11) avançou 2,11%, para R$ 18,86.

Bom desempenho também para o setor elétrico, com a Cemig (R$ 88,95), Light (R$ 20,10) e Transportadora Paulista (R$ 26,10) avançando mais de 3,3% cada.

A estreante Brasil Ecodiesel (ECOD3) fechou em baixa de 0,83%, aos R$ 11,90. O papel chegou a subir 7%, mas se sustentou. A fabricante de biodiesel passou a fazer parte no Novo Mercado com a emissão de 31,577 milhões de ações a R$ 12 cada.

No setor imobiliário, destaque para a Rossi Residencial (RSID3) que subiu 5,92%, para R$ 26,80. A Klabin Segall (KSSA3) ganhou 4,89%, para R$ 17,15, em direção contrária da Gafisa (GFSA3), que caiu 2,77%, para R$ 31,50.

(Eduardo Campos - InvestNews)