De acordo com o estudo "Consumo na Era Lula", a classe D e E, com rendimento médio de até quatro salários mínimos, ampliou de 21 para 27 o número de categorias da cesta de compras padrão (aquela realizada regularmente pelas famílias). Além disso, aumentou em 35% o gasto médio com produtos da cesta de alimentos, bebidas, higiene pessoal e limpeza entre janeiro de 2003 e agosto de 2006.
O estudo mostra ainda que o volume médio consumido pelas famílias de baixa renda foi o que registrou maior expansão: 11%, contra 8% registrados nos lares da classe C e 5% nos lares das classes AB. Já o gasto médio cresceu de forma mais equilibrada, sem grandes disparidades entre os segmentos sociais.
O estudo mostra que passaram a integrar a cesta padrão da classe DE os sucos em pó, as massas instantâneas, os caldos para tempero, esponjas sintéticas, extrato de tomate, salgadinhos, leite longa vida e maionese.
O consumo de produtos prontos para o consumo na cesta de alimentação é um indicador que, de acordo com a LatinPanel, mostra o novo perfil de consumo DE. Em 2002, dos gastos com alimentos, 24% eram destinados a este tipo de produto. Em 2006, o número saltou para 28%. Já os gastos com produtos tidos como não-básicos subiram de 29% em 2001 para 33% em 2006.
O estudo foi feito a partir do acompanhamento semanal da cesta de compras de 8.200 famílias brasileiras nos últimos quatro anos.
(Valéria Serpa Leite - InvestNews)