Sem divulgações de peso, investidor foca inflação

SÃO PAULO, 21 de novembro de 2006 - Sem indicadores de peso nesta e nas próximas sessões, as atenções do mercado se voltaram para a inflação doméstica. No câmbio, o dólar comercial variou entre a mínima de R$ 2,155 e a máxima de R$ 2,168, para fechar o dia vendido a R$ 2,164, com valorização de 0,19%. O Banco central (BC) comprou divisas no mercado spot a uma taxa média de R$ 2,1642.

A autoriade monetária também realiza no final do dia pesquisa de demanda para possível realização, amanhã, do leilão de swap cambial reverso. No próximo dia 1º vencem 19,4 mil contratos de swap, no montante de cerca de US$ 970 milhões.

Analistas lembram ainda que a maior remessas de recursos ao exterior nesta época do ano e as constantes atuações do BC dão suporte à divisa dos Estados Unidos. Mesmo assim, em 2006, o dólar ainda acumula queda de 6,9%.

No campo de inflação, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no município de São Paulo cresceu 0,40% na segunda prévia de novembro. O resultado foi menor do que o registrado na apuração anterior, de 0,43% e também abaixo das previsões dos analistas, que oscilavam entre 0,41% e 0,46%. Já o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 1,02% em novembro ante inflação de 0,21% no mês anterior, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O número veio acima do esperado, que era entre 0,73% e 1%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nos próximos dias 28 e 29 para decidir sobre os juros. A maior parte dos analistas apostam em corte de 0,50 ponto percentual, mas os mais conservadores crêem em redução de apenas 0,25 ponto. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano.

(Simone e Silva Bernardino - InvestNews - Serviço de Mercado e Cotações - SMC)