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Crise da Varig e nos aeroportos não afetou setor

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SÃO PAULO, 21 de novembro de 2006 - A recente crise nos principais aeroportos brasileiros e os problemas da Varig não afetaram a vinda de turistas estrangeiros para o Brasil, afirmou hoje a presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Jeanine Pires.

Segundo ela, os vôos internacionais partem do País em horários de pouco movimento nos aeroportos, portanto, não há registros de atrasos significativos. "Até o momento, essa situação não tem um reflexo significativo nos vôos internacionais. Até porque, esses vôos saem em outro horário, e em um momento em que o aeroporto não tem mais movimento. Então, no caso internacional, a gente não tem, por enquanto, registrado questões significativas", disse.

Sobre a crise da companhia aérea Varig, Jeanine reconheceu que o Brasil viveu um período difícil nos meses de julho e agosto, que foram de alta temporada na Europa e pouca oferta de vôos para o Brasil.

Dados do Embratur mostram que, no início de 2006, havia em média 720 vôos internacionais semanais para o Brasil. O número caiu para 610 em julho e, neste mês, subiu para 660 vôos. No total, a estimativa é de que tenham deixado de ser ofertados cerca de 500 mil assentos de janeiro a setembro deste ano.

Apesar disso, ela afirmou que o Brasil conseguiu manter as vindas dos turistas que gastam mais dinheiro e permanecem mais tempo no País. "Com toda a situação que nós tivemos, da perda de assentos aéreos, nós conseguimos manter o turista que gasta mais dinheiro, que visita mais, que fica mais tempo na nossa cidade."

Pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central mostra que, de janeiro a outubro, entraram no País cerca de US$ 3,5 bilhões vindos do turismo estrangeiro. O valor é 10% superior ao obtido no mesmo período de 2004, que foi de US$ 3,2 bilhões. A melhor marca alcançada até hoje foi a do ano passado, quando entraram no País US$ 3,8 bilhões.

A estimativa do Embratur para 2006 é superar esse valor e alcançar um total de aproximadamente US$ 4,3 bilhões. Até 2007, um dos objetivos do Plano Nacional de Turismo, do Ministério do Turismo, é chegar a uma receita cambial de US$ 8 bilhões no ano.

As informações são da Agência Brasil.

(Redação - InvestNews)