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CADE, SEAE e SDE melhor avaliados pelo mercado

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SÃO PAULO, 21 de novembro de 2006 - A Amcham (Câmara Americana de Comércio) apresentou hoje, em sua regional de Brasília, estudo de avaliação do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), integrado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) e Secretaria de Direito Econômico (SDE).

O relatório de 2006 registra, pela primeira vez desde que o estudo começou a ser produzido pela Amcham, em 2003, melhora na avaliação geral nos três órgãos integrantes do SBDC.

O CADE, por exemplo, interrompeu a queda progressiva verificada de 2003 a 2005, período no qual o desempenho do órgão caiu de 3,33 para 2,78. Embora não tenha recuperado o patamar de 2003, a avaliação geral do CADE subiu quase 16% segundo o último relatório, atingindo 3,22.

A SDE ratificou a tendência de alta registrada desde 2003, alcançando em 2006 o seu melhor resultado. Entre 2003 e 2006, a avaliação geral do mercado acerca do funcionamento da SDE passou de 2,4 para 3,06, um crescimento de 27,5%. E a SEAE, que vinha de três anos de relativa estagnação, apresentou perceptível melhora no último ano. Em 2006, o aumento na avaliação geral foi de 15%, levando a SEAE, pela primeira vez, para o patamar de nível 3, com 3,03.

Do ponto de vista específico, contudo, os entrevistados identificaram tanto aspectos de desempenho negativo quanto positivo. Dentre os aspectos bem avaliados, incluem-se o reconhecimento do esforço dos três órgãos (CADE, SDE e SEAE) em dar mais agilidade e rapidez nos atos e decisões proferidas; no caso do CADE, melhoria no nível de informatização do site e da qualificação do corpo técnico; atuação crescente da SEAE na divulgação da Lei de Defesa da Concorrência; e bom tratamento dado pelos órgãos às informações confidenciais.

Já os aspectos mal avaliados, incluem-se: questionamentos desnecessários pelo CADE que causam entraves, mesmo em casos mais simples; demora na instrução dos processos administrativos, possivelmente decorrente da grande quantidade de investigações iniciadas nos últimos anos; eficiência a desejar na aplicação das punições, principalmente as multas; e críticas ao desempenho das autoridades no que se refere a oferecer ao mercado orientações e consultas informais.

Os itens analisados pelo relatório elaborado pela Amcham, relacionam-se: autonomia e relacionamento com outras agências regulatórias; nível de informatização e qualificação do corpo técnico; agilidade e consistência nos atos e pareceres proferidos; consultas informais e orientação ao mercado; prestação de contas perante a sociedade; tratamento dado a informações confidenciais; dentre outros.

Desde 2003 a Amcham elabora relatório de avaliação sobre o SBDC, com o objetivo de identificar avanços e desafios, e contribuir construtivamente com as discussões e políticas na área. O estudo deste ano, com 45 páginas, foi produzido a partir de questionário, com 23 perguntas - sendo cada uma com respostas de 1 (nota mais baixa) a 5 (nota mais alta) -, respondido por 36 agentes do setor (empresas e associações atuantes no mercado regulado).

(Redação - InvestNews)