Segundo pesquisas, Brasil é um dos principais mercados de stablecoins

Por JB CRIPTOMEDAS

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Em menos de dois anos, o Brasil saiu da condição de promessa para ser um dos maiores mercados latinoamericano de stablecoins. O salto é visível nos números, só em junho de 2025, foram movimentados 1,73 bilhão de USDT, o equivalente a R$?9,63 bilhões, volume 32% maior que o registrado em maio, segundo o Biscoint Monitor.

Conforme a procura se diversifica, de compras online a remessas internacionais, essas moedas indexadas ao dólar se tornaram um termômetro preciso do apetite nacional por criptoativos estáveis.

O boom das stablecoins no Brasil em?2025

O avanço das stablecoins mescla conjuntura macroeconômica e inovação financeira. Com o real sob pressão inflacionária, USDT e USDC passaram a funcionar como uma poupança cambial instantânea, acessível via Pix em qualquer hora do dia. Não por acaso, a cotação média do USDT recuou para R$ 5,57 em junho.

Mas o interesse continuou crescendo algo que o mercado interpretou como sinal de migração de liquidez para instrumentos menos voláteis. Outro ingrediente é o apelo lúdico, já que diversas plataformas de NFT e exchanges locais passaram a usar mecânicas inspiradas em enviadas até 24 de agosto e a expectativa é que as normas entrem em vigor em janeiro de?2026.

Entre os pontos mais debatidos está a proposta de vedar saques diretos para carteiras de autocustódia, da CP 111/2025, exigindo que custodiante regulado intermedie a operação, medida que, segundo juristas, afeta o princípio de “autobanco” do universo cripto.

O então presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou que a autarquia regulará stablecoins e tokenização ainda este ano, colocando esses ativos sob supervisão prudencial semelhante à de instituições de pagamento.

O Marco Legal dos Criptoativos (Lei 14.478/2022, originado do PL?4.401/2021) já enquadra prestadoras de serviços de ativos virtuais nas leis de lavagem de dinheiro, porém, o texto não define requisitos de lastro nem auditoria para stablecoins, gerando lacunas que o BACEN tenta cobrir via regulação infralegal.

Na esfera tributária, a Receita Federal estuda estender à conversão de stablecoins o mesmo regime de IOF aplicado a cartões pré-pagos em moeda estrangeira, mas a decisão depende de consenso com o Conselho Monetário Nacional.