ECONOMIA

Lucro do Itaú chega a R$ 9,771 bilhões no 1º trimestre, com aumento de 15,8% sobre igual período de 2023

...

Por GILBERTO MENEZES CÔRTES
[email protected]

Publicado em 06/05/2024 às 20:08

Alterado em 06/05/2024 às 20:16

Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, herdeiros e presidentes do Banco Itaú (arquivo) Foto: reprodução

Em fato relevante distribuído às 18h40, o maior banco privado brasileiro, Itaú Unibanco Holding, reportou lucro de R$ 10,040 bilhões no 1º trimestre, um aumento de 33,26% sobre os R$ 7,534 bilhões do mesmo período de 2023, quando sofreu o impacto dos aumentos de provisões para o calote das Americanas, em Recuperação Judicial. Entretanto, na divulgação oficial dos resultados, em seu site para os Investidores, o banco anunciou lucro líquido gerencial de R$ 9,771 bilhões, um aumento de 3,9% sobre os R$ 9,401 bilhões do 4º trimestre do ano passado e de 15,8% sobre o luro recorrente de R$ 8,435 bilhões do 1º trimestre de 2023.

No ano passado, o Itaú lucrou R$ 35,618 bilhões. Os resultados dos primeiros três meses reforçam as projeções de que o lucro de 2024 vai superar os R$ 40 bilhões. Só no 1º trimestre seus ganhos já superam largamente os R$ 4,211 bilhões do Bradesco somados aos R$ 3, 021 bilhões. As receitas de Serviços somaram R$ 10,852 bilhões, com queda de 3,1% frente ao 4º trimestre de 2023 e aumento de 4,9% sobre o 1º trimestre do ano passado.

Provisões e inadimplência
O balanço que inclui os negócios da América Latina, que contribuiu com 6,7% do lucro líquido (R$ 637 milhões), tendo as operações do Brasil gerado 93,3% do total, ou R$ 9,114 bilhões, mostrou leve redução nas provisões para devedores duvidosos (R$ 9,131 bilhões) em relação aos R$ 9,295 bilhões do 4º trimestre do ano passado, mas superior aos R$ 9,009 bilhões do 1 º trimestre de 2023.

A inadimplência continuou alta entre as pessoas físicas 4,2%, embora inferior aos 4,4% de dezembro do ano passado e dos 4,9% de todos os três primeiros trimestres de 2023. Nas operações com pequenos e microempresários a taxa recuou de 3,2% em dezembro para 3,1%. Em março de 2023 era de 3,4%. Com o nível baixo entre as grandes empresas (1,4%) o índice total de atrasos com mais de 90 dias ficou em 2,7%, com ligeira queda frente aos 2,8% de dezembro e de 3,0% em junho (em março de 2023 era de 2,9%).