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Em fevereiro, vendas no varejo crescem 1,0%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria aumentam 9,9%

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Por ECONOMIA JB
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Publicado em 11/04/2024 às 09:00

Alterado em 11/04/2024 às 09:48

. Charles de Moura/PMSJC

Em fevereiro de 2024, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,0%, frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, a alta havia sido de 2,8%. A média móvel trimestral variou 0,7% no trimestre encerrado em fevereiro.

Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista subiu 8,2% frente a fevereiro de 2023, nono avanço seguido. O acumulado no ano foi de 6,1% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses registrou crescimento de 2,3%.

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 1,2% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 0,7% em fevereiro. Na série sem ajuste sazonal, que inclui, além das atividades citadas, o atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, o varejo ampliado cresceu 9,7%. O acumulado no ano foi de 8,2% enquanto o acumulado em 12 meses a variação acumulado foi de 3,6%.

Em fevereiro, o comércio varejista brasileiro cresceu 1,0% na comparação com o mês anterior, após a alta registrada em janeiro (2,8%). É o segundo mês consecutivo de alta. A última vez que o varejo registrou dois meses consecutivos de alta foi em setembro de 2022 (0,5% em agosto e 0,7% em setembro). Com isso, o comércio atinge o máximo da série histórica, superando em 0,5% o nível recorde anterior (outubro de 2020), e 7,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

Seis das oito atividades avançaram em relação a janeiro

Em fevereiro de 2024, na série com ajuste sazonal, houve taxas positivas em seis das oito atividades pesquisadas: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (3,2%), Móveis e eletrodomésticos (1,2%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (0,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,3%).

Por outro lado, entre janeiro e fevereiro, houve taxas negativas em dois dos oito grupos de atividades do varejo: Combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).

As duas atividades adicionais que compõem o varejo ampliado nesse indicador tiveram trajetória distinta: Veículos, motos, partes e peças cresceu 3,9% e Material de Construção variou -0,2% em volume.

Cinco atividades do varejo avançaram frente a fevereiro de 2023

Em relação a fevereiro de 2023, cinco dos oito setores investigados no comércio varejista avançaram: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (18,5%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (10,5%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,6%) e Móveis e eletrodomésticos (3,7%).

Os outros três setores apresentaram taxas negativas na mesma comparação: Livros, jornais, revistas e papelaria (-6,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,2%).

No comércio varejista ampliado, houve taxas positivas nas três atividades adicionais que são consideradas na comparação com o mesmo período do ano anterior: Veículos e motos, partes e peças (16,6%), Material de construção (5,0%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,1%).

O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou alta de 18,5% nas vendas frente a fevereiro de 2023. Ao todo, são 12 meses consecutivos de crescimento para o indicador interanual (o último mês registrar queda foi fevereiro de 2023: -0,5%). Com isso, a atividade representa a segunda maior contribuição na taxa global do varejo, somando 1,8 p.p. ao total de 8,2%. Nos dois primeiros meses do ano o setor acumula 12,7%, mais intenso que até janeiro (7,1%). Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 5,9% até janeiro para 7,4% em fevereiro, o setor mostra aumento de intensidade de crescimento.

A atividade de revenda de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou alta de 10,5% nas vendas frente a fevereiro de 2023, segundo mês consecutivo a registrar alta (em dezembro de 2023 o resultado havia sido -0,9%, enquanto janeiro registrou 4,3%). No primeiro bimestre de 2024 o setor acumula 7,2% em relação ao mesmo período de 2023 e nos últimos dozes meses o valor, até fevereiro, foi de 2,3%, acima do acumulado até janeiro (1,4%).

Em fevereiro, o agrupamento que abrange Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou aumento de 9,6% nas vendas frente a fevereiro de 2023 décimo nono mês consecutivo a registrar alta no indicador interanual (o último mês a apresentar taxa negativa foi julho de 2022: -0,3%). Com isso, o setor foi o que mais contribuiu para a composição da taxa interanual do varejo, adicionando 5,3 p.p. ao total de 8,2%). No bimestre o setor acumula 7,9% de variação, enquanto nos últimos doze meses, o acúmulo é positivo em 4,7%.

Após 21 meses de quedas consecutivas, a atividade denominada de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., apresentou crescimento de 9,6% no indicador interanual (a última vez que a taxa interanual havia registrado valor positivo foi em abril de 2022: 1,1%). Com isso, o primeiro bimestre de 2024, em comparação com o primeiro bimestre de 2023, fechou em alta de 3,1%, quebrando uma sequência também de 21 meses acumulando perdas no ano. Nos últimos 12 meses o setor acumula perda de 9,1% até fevereiro, menos intensa que o resultado até janeiro (-10,5%).

Já Móveis e eletrodomésticos apresentou alta de 3,7% nas vendas frente a fevereiro de 2023, sendo o primeiro mês a registrar crescimento após dois meses: o resultado de janeiro de 2024 (0,1%) é interpretado como estabilidade, enquanto dezembro de 2023 registrou -3,3%). O setor inicia o ano com acúmulo positivo no primeiro bimestre, frente ao mesmo período de 2023, registrando 1,8%. Nos últimos doze meses há ganhos de 0,9% até fevereiro de 2024.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria teve queda de 6,0% nas vendas frente a fevereiro de 2023, décimo terceiro resultado no campo negativo para o indicador interanual (o último mês a registrar crescimento foi janeiro de 2023: 18,3%). No primeiro bimestre de 2024 as perdas acumuladas chegam a 7,7% e nos últimos 12 meses o valor é de -8,0%.

A atividade de Tecidos, vestuário e calçados apresentou variação negativa em 0,5% nas vendas frente a fevereiro de 2023, resultado que inverte taxa positiva de 0,5% registrada em janeiro. Nos primeiros dois meses do ano de 2024 o setor apresenta estabilidade em relação ao mesmo período do ano anterior (0,0%), demonstrando perda de ritmo em relação a janeiro (0,5%) No indicador de 12 meses a atividade passa de -4,7% até janeiro de 2024 para -4,2% até fevereiro.

O setor de Combustíveis e lubrificantes variou -0,2% nas vendas frente a fevereiro de 2023. Esse resultado, que representa estabilidade, vem após crescimento de 0,8% em janeiro. Nos últimos oito meses o setor, para o indicador interanual, teve apenas janeiro de 2024 em alta, sendo que seis (de julho a novembro de 2023) em queda. No primeiro bimestre de 2024 há um acúmulo de 0,3% e no ano até fevereiro o valor é de 0,9%.

No comércio varejista ampliado, as empresas que comercializam Veículos e motos, partes e peças apresentaram crescimento de 16,6% no volume de vendas frente a fevereiro de 2023, seguindo trajetória positiva pelo décimo mês consecutivo. No que tange ao comércio varejista ampliado, o setor registra a segunda maior contribuição dentre os onze setores pesquisados, somando 2,8 p.p. no total de 9,7% do interanual. O primeiro bimestre de 2024 apresentou crescimento de 14,1% em relação ao mesmo período do ano anterior enquanto o indicador de doze meses fechou fevereiro com 10,1%.

As vendas de Material de construção apresentaram crescimento de 5,0% frente a fevereiro de 2023, maior que o apresentado em janeiro (0,6%). O primeiro bimestre de 2024, fecha também com ganhos (2,6% acima do primeiro bimestre de 2023). Já o indicador acumulado dos últimos doze meses até fevereiro (-1,1%) registra perdas por 24 meses consecutivos (o último resultado positivo foi fevereiro de 2022: +1,0%).

Ainda no âmbito do varejo ampliado, a atividade de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou alta de 10,1% na comparação de fevereiro de 2024 com fevereiro de 2023, sétimo mês consecutivo de crescimento. O setor somou 1,5 p.p. do total de 9,7% do indicador interanual do varejo ampliado, terceira maior contribuição para fevereiro. No ano, o acúmulo é de 13,2% e nos últimos doze meses é de 4,1%.

Varejo regista alta de 6,1% no primeiro bimestre de 2024

O primeiro bimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior, teve crescimento de 6,1% para o comércio varejista. Em termos setoriais, houve predominância de resultados positivos, com seis setores apresentando resultados positivos: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (12,7%), Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,9%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (7,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,1%), Móveis e eletrodomésticos (1,8%) e Combustíveis e lubrificantes (0,3%).

A atividade de Livros, jornais, revista e papelaria fechou o bimestre em queda de 7,7% enquanto Tecidos, vestuário e calçados registrou estabilidade (0,0%).

Em se tratando do comércio varejista ampliado, o primeiro bimestre de 2024 cresceu 8,2% em relação ao mesmo período de 2023. Setorialmente, Veículos e motos, partes e peças apresentou crescimento de 14,1%, Material de construção de 2,6% e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo de 13,2%.

Vendas avançam em 20 das 27 unidades da federação em relação a janeiro

Na passagem de janeiro para fevereiro de 2024, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista foi de 1,0% com resultados positivos em 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (5,7%), Amapá (5,2%) e Mato Grosso (4,3%).

Por outro lado, seis Unidades da Federação apresentaram resultados negativos entre janeiro e fevereiro, com destaque para: Bahia (1,4%), Amazonas (-0,8%) e Paraná (-0,8%). Goiás teve estabilidade (0,0%) na passagem entre janeiro e fevereiro.

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, o crescimento entre janeiro e fevereiro de 2024 foi de 1,2% com resultados positivos em 21 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (5,2%), Pará (4,1%) e Goiás (3,5%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 6 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Maranhão (-2,1%), Mato Grosso (-1,1%) e Espírito Santo (-1,1%).

Todas as 27 unidades da federação registram alta em comparação ao ano anterior

Frente a fevereiro de 2023, a variação das vendas no comércio varejista, no corrente mês, foi de 8,2% com resultados positivos em todas das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (19,6%), Amapá (17,9%) e Mato Grosso (17,1%).

Já no comércio varejista ampliado, a variação em fevereiro de 2024 contra fevereiro de 2023 foi de 9,7% com resultados positivos em 25 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (19,3%), Paraíba (17,7%) e Amapá (17,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram Espírito Santo (-0,8%) e Mato Grosso do Sul (-0,7%). (com Agência IBGE)