ECONOMIA

Haddad: Resultado primário de 2025 está dependendo de andamento de medidas no Congresso

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Por ECONOMIA JB com Agência Estado
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Publicado em 27/03/2024 às 07:25

Alterado em 27/03/2024 às 07:26

Ministro Haddad Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mateus Fagundes - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu a possibilidade de a meta de superávit de 2025 não ser de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme o previsto no novo arcabouço fiscal. Ele atrelou o alcance deste objetivo à aprovação de pautas no Congresso Nacional, em especial aquelas ligadas à Medida Provisória que previa compensações pela desoneração da folha de pagamentos (MP 1202). A declaração foi feita à CNN, que divulgou o um trecho da entrevista que o chefe da equipe econômica concedeu mais cedo. A íntegra vai ao ar nesta quarta (27).

"O resultado primário está dependendo [de medidas no Congresso]. Vamos fazer uma conta rápida: Desoneração da folha de municípios, R$ 10 bilhões; Perse, R$ 13 bilhões; Folha, R$ 9 bilhões... Soma. Então, o que eu estou querendo dizer é o seguinte: nós vamos, ao longo dos próximos dias, definir com o Congresso Nacional o andar da carruagem, como é que nós vamos definir a trajetória [da meta de primário] daqui para frente", afirmou. "Nós não sentamos ainda. A ministra Simone [Tebet, do Planejamento] é quem prepara a LDO. Este tema vai ser discutido à luz do que está acontecendo no Congresso Nacional, do que já aconteceu de bom nas cortes superiores", prosseguiu Haddad.

Neste contexto, Haddad disse ser um "erro" imaginar que a meta de primário depende apenas do Executivo. "É um erro maior hoje do que no passado", afirmou, lembrando a derrubada de vetos presidenciais, como foi o caso da extensão da desoneração da folha de pagamentos.

"O que está acontecendo neste momento: algumas leis que foram aprovadas pelo Congresso no ano passado sem acordo com o Executivo, vetadas e cujos vetos foram derrubados. Eles foram objeto de uma medida provisória, a 1202, que gerou aquela comoção inicial, devolve a medida, não devolve a medida", disse o ministro. "A pedido do presidente [do Senado] Rodrigo Pacheco e a pedido do presidente [da Câmara] Arthur Lira, projetos de lei foram apresentados ou pelo governo ou por parlamentares para chegar a uma equação. Eu penso que isso vai definir o futuro da trajetória [do resultado primário]", afirmou.