ECONOMIA

Preços do milho têm suporte no clima europeu e nas exportações do Mar Negro

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Por ECONOMIA JB com Agência Estado
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Publicado em 24/08/2022 às 08:33

Alterado em 24/08/2022 às 08:33

[PLANTAÇÃO DE MILHO] O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 147,4 pontos em janeiro, apenas 0,1 pontos acima de dezembro e 6,7 pontos (4,8%) maior do que seu nível há um ano Foto: Reuters

Os preços do milho no mercado internacional estão sustentados pelo verão muito quente na Europa e pela diminuição das exportações do Mar Negro, em função da guerra da Rússia na Ucrânia, destaca a consultoria Hedge Point em relatório. O clima adverso atingiu os milharais no fim do período de floração na Europa, quando entravam na fase de enchimento de grãos. “O impacto na produtividade do milho tende a ser muito maior”, disse a consultoria.

As altas temperaturas foram determinantes para a quebra de safra em países produtores, como a França. “Como resultado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) cortou a oferta de milho no bloco em cerca de oito milhões de toneladas na estimativa de julho, com uma redução em rendimentos e área colhida”, pontua o analista de grãos e macroeconomia da Hedge Point, Alef Dias.

Ele destaca, ainda, que, embora tenha havido uma retomada da exportação de grãos ucranianos para a Europa recentemente, ainda não é possível dizer que o escoamento pelo Mar Negro na temporada 2022/23 será grande. “Mesmo com o aumento estimado da produção ucraniana, as dificuldades logísticas são um grande impedimento para o Mar Negro cobrir a queda na produção europeia”, acrescenta. “Sendo assim, os fundamentos altistas para o milho, especialmente o europeu, se acumulam: o clima desafiador na UE, menores rendimentos no mercado norte-americano e dificuldades logísticas no Mar Negro”, disse o especialista.

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