ECONOMIA

'Qual o problema da energia ficar mais cara?' - pergunta Paulo Guedes

Ministro ainda afirma que auxílio emergencial fez com que as famílias se sentissem 'ricas'; e que os brasileiros usaram o benefício de R$ 600, aprovado pelo Congresso durante a pandemia, para 'comprar casa'

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 26/08/2021 às 07:49

Alterado em 26/08/2021 às 07:51

Ministro Paulo Guedes Foto: Reuters/Adriano Machado

Plinio Teodoro, da Revista Forum: O ministro da Economia, Paulo Guedes, deu mais uma prova de sua insensibilidade e falta de noção de economia ao lançar mais frases estapafúrdias durante lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo nessa quarta-feira (25).

Guedes tentou minimizar o aumento de mais de 50% nas contas de luz atrelando a alta autorizada pelo governo com as eleições presidenciais, que só acontecem em outubro de 2022.

“Se no ano passado, que era o caos, nós nos organizamos e atravessamos, por que nós vamos ter medo agora? Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos? Ou o problema agora é que está tendo uma exacerbação porque anteciparam as eleições… Tudo bem, vamos tapar o ouvido, vamos atravessar”, disse, criticando a mídia.

“Todo dia você olha para o jornal e está dizendo que vai pegar fogo o Brasil, que agora vai explodir tudo”, emendou.

O ministro ainda admitiu que “isso vai causar perturbação, empurra a inflação um pouco para cima”, mas ressaltou que a “economia está bombando”.

“A economia está bombando e continua a narrativa de que o governo não faz nada”.

'Transferência de riqueza'
No mesmo evento, Guedes ainda classificou o auxilio emergencial, aprovado pelo Congresso durante a pandemia, como “transferência de riqueza”, que fez com que as famílias se sentissem “ricas” e até comprassem casa com o benefício.

“Você sai de R$ 60 para R$ 600. Uma família sai de R$ 180 para R$ 1.800. Isso não é mais uma transferência de renda, isso é uma transferência de riqueza”, disse Guedes, ignorando que o benefício foi usado para comprar comida.

“A família se sentiu rica. Comprava material de construção, ampliaram a sua casa, uns compraram a casa própria, compraram geladeira. Foram ao supermercado e melhoraram a pauta alimentar. Um resultado espetacular, foi muito bom ver isso”, emendou.

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