ECONOMIA

IBGE: indústria cai em nove dos 15 locais pesquisados em abril

Na passagem de março para abril, as indústrias locais foram afetadas pelo baixo desempenho do setor de derivados do petróleo.

Por Jornal do Brasil
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Publicado em 09/06/2021 às 12:14

No acumulado do ano de 2021 (janeiro-abril), frente a igual período do ano anterior, a expansão verificada na produção nacional alcançou 10 dos 15 locais pesquisados Reuters/Nacho Doce

Com a redução de 1,3% na indústria nacional, de março para abril de 2021, na série com ajuste sazonal, 9 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram taxas negativas. As quedas mais acentuadas ocorreram na Bahia (-12,4%) e Região Nordeste (-7,8%).

Já os maiores avanços foram no Amazonas (1,9%) e Rio de Janeiro (1,5%).

Frente a abril de 2020, 12 dos 15 locais pesquisados mostraram resultados positivos.

A média móvel trimestral recuou em 11 dos 15 locais pesquisados e as quedas mais acentuadas foram na Bahia (-8,9%) e no Ceará (-8,2%).

O acumulado no ano foi positivo em 10 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (24,4%) e Rio Grande do Sul (20,5%). Já o acumulado em 12 meses, teve 8 dos 15 locais pesquisados com taxas positivas.

Na série com ajuste sazonal, nove dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas. Bahia (-12,4%) e Região Nordeste (-7,8%) tiveram as quedas mais intensas. Ambos tiveram seu quinto resultado negativo, acumulando perdas de 31,8% e 17,1%, respectivamente.

Goiás (-3,6%), São Paulo (-3,3%), Pernambuco (-2,4%) e Santa Catarina (-2,0%) também recuaram abaixo da média nacional (-1,3%), enquanto Ceará (-1,2%), Mato Grosso (-1,1%) e Minas Gerais (-0,9%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas em abril.

Por outro lado, Amazonas (1,9%) e Rio de Janeiro (1,5%) tiveram as maiores altas no mês, com o primeiro marcando a segunda taxa positiva consecutiva e acumulando no período ganho de 11,0%; e o segundo eliminando parte da perda de 5% verificada no mês anterior. Espírito Santo (0,9%), Pará (0,3%), Rio Grande do Sul (0,3%) e Paraná (0,2%) assinalaram os demais resultados positivos em abril de 2021.

A média móvel trimestral teve redução de 1,5% no trimestre encerrado em abril de 2021 frente ao nível do mês anterior, acentuando, a queda observada em março último (-1%).

Em termos regionais, 11 dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados na Bahia (-8,9%), Ceará (-8,2%), Região Nordeste (-4,6%), Rio Grande do Sul (-3,1%), Pernambuco (-2,3%), Santa Catarina (-1,7%) e Pará (-1,6%). Amazonas (3,3%) e Mato Grosso (2,2%) assinalaram os principais avanços em abril de 2021.

Na comparação com abril de 2020, houve crescimento de 34,7% em abril de 2021, com 12 dos 15 locais pesquisados apontando resultados positivos. Ambos os meses tiveram o mesmo número de dias úteis (20). Os resultados positivos foram influenciados pela baixa base de comparação, já que o setor industrial foi pressionado, em abril de 2020, pelo isolamento social por conta da pandemia da COVID-19.

Amazonas (132,8%) e Ceará (90,2%) tiveram os maiores avanços. Paraná (55,1%), Rio Grande do Sul (53,8%), Santa Catarina (50,5%) e São Paulo (45,5%) também registraram taxas acima da média da indústria (34,7%), enquanto Minas Gerais (32,5%), Pernambuco (31,4%), Espírito Santo (26,1%), Região Nordeste (20,2%), Rio de Janeiro (10,3%) e Pará (6,0%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em abril de 2021.

Por outro lado, Bahia (-10,0%) e Goiás (-8,7%) apontaram os recuos mais intensos em abril de 2021. Mato Grosso, com queda de 2,0%, também mostrou taxa negativa.

No acumulado do ano de 2021 (janeiro-abril), frente a igual período do ano anterior, a expansão verificada na produção nacional alcançou 10 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (24,4%) e Rio Grande do Sul (20,5%). Paraná (18,1%), Ceará (17,7%), Amazonas (17,2%), São Paulo (16,4%) e Minas Gerais (14,4%) também registraram taxas positivas mais acentuadas do que a média nacional (10,5%), enquanto Pernambuco (9,4%), Pará (3,8%) e Espírito Santo (1,7%) completaram o conjunto de locais com avanço na produção no índice acumulado no ano.

A Bahia (-16,3%) apontou o recuo mais intenso no índice acumulado do ano. Goiás (-6,4%), Mato Grosso (-6,3%), Região Nordeste (-1,4%) e Rio de Janeiro (-1,3%) também mostraram taxas negativas no indicador acumulado do período janeiro-abril de 2021.

Na comparação quadrimestral, o primeiro quadrimestre de 2021, ao avançar 10,5%, intensificou o crescimento do último quadrimestre de 2020 (3,5%) e que interrompeu o comportamento negativo presente desde o último quadrimestre de 2018 (-1,6%) - todas as comparações contra igual período do ano anterior.

O aumento na intensidade da produção industrial, do terceiro quadrimestre de 2020 (3,5%) para o primeiro quadrimestre de 2021 (10,5%) também foi observado em 12 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Santa Catarina (de 10,6% para 24,4%), Rio Grande do Sul (de 9,0% para 20,5%), São Paulo (de 5,1% para 16,4%), Ceará (de 9,1% para 17,7%), Paraná (de 9,6% para 18,1%), Minas Gerais (de 6,3% para 14,4%), Amazonas (de 10,0% para 17,2%) e Espírito Santo (de -5,0% para 1,7%).

Por outro lado, Bahia (de -1,7% para -16,3%), Goiás (de -2,1% para -6,4%) e Região Nordeste (de 2,8% para -1,4%) assinalaram as perdas entre os dois períodos.

O acumulado dos últimos doze meses, ao avançar 1,1% em abril de 2021, interrompeu 22 meses de taxas negativas consecutivas e permaneceu com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em agosto de 2020 (-5,7%).

Oito dos 15 locais pesquisados registraram taxas positivas em abril de 2021 e em 13 deles a taxa de abril superou a de março último. Amazonas (de -5,2% para 4,4%), Ceará (de -4,4% para 3,0%), Rio de Grande do Sul (de -1,7% para 4,7%), Santa Catarina (de 0,9% para 6,6%), Paraná (de -1,0% para 4,7%), São Paulo (de -3,5% para 1,8%), Pernambuco (de 3,4% para 7,4%) e Minas Gerais (de 0,7% para 4,6%) mostraram os principais ganhos entre março e abril, enquanto Pará (de 0,9% para -0,4%) e Goiás (de 0,8% para -0,3%) recuaram.(com Agência IBGE)