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Enxaqueca: uma doença invisível e incompreendida

Por CURIOSIDADES JB

Publicado em 31/07/2023 às 08:33

Alterado em 31/07/2023 às 08:42

Você já sentiu uma dor de cabeça tão forte que te impede de fazer as atividades mais simples do dia a dia, como jogar na 20Bet? Uma dor que vem acompanhada de náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e ao som, alterações visuais e até mesmo alucinações? Se você respondeu sim, talvez você sofra de enxaqueca, uma doença neurológica crônica que afeta cerca de 15% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, estima-se que cerca de 30 milhões de pessoas tenham enxaqueca, sendo que 75% delas são mulheres. Mas o que é enxaqueca e por que ela é tão diferente de uma dor de cabeça comum?

O que é enxaqueca?
A enxaqueca é uma doença que se caracteriza por crises recorrentes de dor de cabeça moderada a intensa, geralmente em um lado da cabeça, que duram entre 4 e 72 horas. A dor é pulsátil, latejante ou perfurante e piora com os movimentos ou esforços físicos. A enxaqueca também pode causar outros sintomas, como:

· Aura: são alterações visuais, sensoriais ou motoras que ocorrem antes ou durante a dor de cabeça, como ver pontos luminosos, linhas onduladas ou manchas escuras; sentir formigamento, dormência ou fraqueza em um lado do corpo; ou ter dificuldade para falar ou entender.

· Prodromos: são sinais que antecedem a crise de enxaqueca, como alterações de humor, apetite, sono ou energia; bocejos frequentes; sensação de sede ou fome; ou desejo por certos alimentos.

· Pós-dromos: são efeitos que persistem após a crise de enxaqueca, como cansaço, sonolência, irritabilidade ou confusão mental.

A causa da enxaqueca ainda não é totalmente conhecida, mas acredita-se que envolva fatores genéticos e ambientais. Alguns fatores podem desencadear ou agravar as crises de enxaqueca, como:

· Estresse emocional ou físico

· Alterações hormonais (menstruação, gravidez, menopausa)

· Jejum prolongado ou alimentação irregular

· Alimentos ou bebidas (chocolate, queijo, vinho, café)

· Mudanças climáticas ou de altitude

· Luzes brilhantes ou piscantes

· Ruídos intensos ou persistentes

· Odores fortes ou desagradáveis

· Medicamentos (anticoncepcionais, vasodilatadores)

Por que a enxaqueca é uma doença invisível e incompreendida?
Apesar de ser uma doença muito comum e incapacitante, a enxaqueca ainda é pouco reconhecida e valorizada pela sociedade e pelo sistema de saúde. Muitas pessoas que sofrem de enxaqueca enfrentam dificuldades para obter um diagnóstico correto, um tratamento adequado e um apoio social e profissional. Algumas das razões para isso são:

· Falta de informação: muitas pessoas desconhecem os sintomas, as causas e os tratamentos da enxaqueca. Muitas vezes confundem a enxaqueca com uma dor de cabeça comum ou com outras doenças. Muitas vezes não procuram ajuda médica ou não seguem as orientações prescritas.

· Falta de reconhecimento: muitas pessoas minimizam ou desconsideram o sofrimento causado pela enxaqueca. Muitas vezes julgam as pessoas com enxaqueca como preguiçosas, fracas ou exageradas. Muitas vezes não oferecem apoio ou compreensão às pessoas com enxaqueca.

· Falta de recursos: muitas pessoas não têm acesso a serviços de saúde especializados em cefaleias (dores de cabeça). Muitas vezes enfrentam longas filas, consultas rápidas, exames desnecessários ou medicamentos caros. Muitas vezes não têm direito a licenças ou benefícios por incapacidade.

Esses fatores contribuem para que a enxaqueca seja uma doença invisível e incompreendida, que gera estigma, discriminação e isolamento social. As pessoas com enxaqueca sofrem não apenas com a dor física, mas também com a dor emocional, que afeta sua autoestima, sua qualidade de vida e seu desempenho pessoal e profissional.

Como podemos mudar essa realidade?
Para mudar essa realidade, é preciso que haja uma maior conscientização e sensibilização sobre a enxaqueca, tanto por parte das pessoas que sofrem da doença quanto por parte da sociedade e do sistema de saúde. Algumas ações que podem ajudar nesse sentido são:

· Buscar informação: é importante que as pessoas com enxaqueca conheçam sua doença, seus sintomas, suas causas e seus tratamentos. É importante que busquem fontes confiáveis de informação, como sites, livros ou associações de pacientes. É importante que se informem sobre seus direitos e deveres como cidadãos e como pacientes.

· Buscar ajuda: é importante que as pessoas com enxaqueca procurem ajuda médica especializada em cefaleias. É importante que sigam as orientações prescritas, que incluem medicamentos preventivos e abortivos, medidas não farmacológicas (dieta, exercício, relaxamento) e acompanhamento psicológico. É importante que comuniquem ao médico qualquer alteração ou efeito colateral dos tratamentos.

· Buscar apoio: é importante que as pessoas com enxaqueca contem com o apoio de familiares, amigos, colegas e profissionais. É importante que expressem suas necessidades, sentimentos e dificuldades. É importante que participem de grupos de autoajuda ou de redes sociais de pessoas com enxaqueca. É importante que se valorizem e se respeitem como pessoas.

A enxaqueca é uma doença invisível e incompreendida, mas não precisa ser assim. Com informação, ajuda e apoio, é possível conviver melhor com a enxaqueca e reduzir seu impacto na vida das pessoas. A enxaqueca é uma doença séria e merece ser reconhecida e tratada como tal. A enxaqueca é uma doença de todos e todos podemos fazer algo para mudar essa realidade.

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