Agência EFE
LOS ANGELES - O filme 'Juno', de Jason Reitman, é o de orçamento mais enxuto, maior bilheteria e menor duração entre seus concorrentes ao Oscar de melhor filme, mas esta fórmula mágica é que pode levá-lo a faturar a estatueta, mesmo sendo de um gênero considerado menor pela Academia: a comédia.
Com quatro indicações a categorias importantes - filme, diretor, atriz e roteiro -, 'Juno' é o mais popular dos candidatos e, sob o frescor e bom humor de sua narrativa, esconde inteligência e profundeza suficientes para merecer o Oscar.
Além disso, o simples fato de estar na disputa representa um sinal dos tempos, já que sua roteirista, Diablo Cody, era uma famosa blogueira.
Dirigida pelo também ator Jason Reitman, do bem-sucedido "Obrigado por Fumar', a produção aborda sem hipocrisia e com otimismo o complicado tema da gravidez indesejada e se arma com um personagem principal bem escrito e muito bem interpretado pela jovem Ellen Page.
Na jornada de sua protagonista para encontrar os pais certos para seu futuro filho, 'Juno' reúne os elementos clássicos da comédia independente: o retrato de uma comunidade americana de classe média, as excentricidades do sistema e a reinterpretação desenfadada dos valores morais clássicos, seguindo a escola do ótimo 'Pequena Miss Sunshine'.
Além disso, as reflexões da trama são enriquecidas por uma série de coadjuvantes de luxo, como Jason Bateman, Jennifer Garner, Michael Cera e Olivia Thirlby, que completam a visão cheia de cores que Juno adota para enfrentar a monotonia.
Independente, o filme ganhou o principal prêmio do Festival de Roma, que não tem o peso de outros como Cannes, Berlim ou Veneza, e faturou US$ 124 milhões desde sua tímida estréia, no Natal.
Fora isso, teve seu roteiro e o trabalho de Page reconhecidos pelas associações de críticos de Chicago, Ohio, Dallas, Kansas e Flórida, entre outras.