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Grupo Blue Man chega a São Paulo com show How to Be a Megastar

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Portal Terra

SÃO PAULO - Estréia nesta sexta-feira, em São Paulo, o espetáculo musical How to Be a Megastar 2.0 (Como Ser uma Megaestrela), do grupo Blue Man, que já passou por 141 cidades americanas, três mexicanas, além de Buenos Aires, na Argentina. O grupo fará uma temporada na capital paulista (de 22 de junho a 1º de julho), no Credicard Hall, e outra no Rio de Janeiro (de 13 a 19 de julho), no Citibank Hall. Depois, segue para Santiago, no Chile.

O Blue Man tem esse nome devido à caracterização de seus protagonistas: três atores percussionistas (Wes Day, Matthew Banks e Jeremy Gill) que sobem ao palco completamente pintados de azul para tocar instrumentos musicais inusitados, como uma instalação de tubos de PVC ou um tambor gigante, ambos fabricados pelos artistas envolvidos no processo de criação do grupo.

Acompanhando a percussão, baterias, guitarras e um piano aberto, com as cordas voltadas para o público, todas afinadas na mesma nota. O piano, aliás, que apesar de tocado com a pressão dos dedos sobre as teclas, não é um instrumento de percussão, mas de cordas, é usado pelo Blue Man como elemento percussivo. A apresentação dos homens azuis, contudo, só dispensa um recurso: a fala

No repertório, composições do grupo, que já lançou quatro CDs e três DVDs, e clássicos como I Feel Love, da musa disco Donna Summer, que segundo o diretor artístico, Puck Quin, que está acompanhando a turnê na América do Sul, foi escolhida por ter sido uma das primeiras músicas a terem sido feitas inteiramente com sintetizadores de som.

- O que fizemos com I Feel Love foi uma completa transcrição dos sons dos sintetizadores para os instrumentos musicais - conta Quin, que também explica que há vários grupos Blue Man em turnê pelo mundo, com artistas de várias nacionalidades (um brasileiro, inclusive, atualmente em turnê pela Alemanha).

- Temos uma escola de percussão e um estúdio de interpretação, em Nova York. Geralmente escolhemos percussionistas que não sejam tão bons atores, e vice-versa, e os treinamos, pois o espetáculo não é apenas música. É uma catarse ao vivo. Há música, vídeo, pintura, circo, teatro, animação, ou seja, uma colagem artística - relata o diretor artístico.

Para cada país é feita uma adaptação musical. No Brasil, haverá uma performance de Garota de Ipanema, além de outros trechos de músicas bastante conhecidas do público, conta Quin, que prefere não dizer quais serão para não atrapalhar a surpresa do público. Só digo que gosto muito de Sergio Mendes.

A tinta que envolve o corpo todo dos homens azuis não seca, e sua cor foi desenvolvida pelo artista plástico francês Yves Klein. As únicas partes de seu corpo que não têm tinta são as mãos, que permanecem envolvidas por luvas de borracha igualmente azuis.

Outro elemento hipnótico da performance do grupo é a iluminação, presente até nos instrumentos e na base do palco. Um telão ao fundo mostra imagens de uma câmera que passeia pela platéia e que exibe detalhes até do interior dos instrumentos feitos de PVC.

Além disso, é impossível tirar os olhos da vocalista Adrian Hartley, que canta I Feel Love trajando um vestido de fibra ótica multicolorido que acende e apaga em sincronia com o telão e, claro, com a música.