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O bom pastor de De Niro

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Rubens Lima Jr, Agência JB

RIO - De boas intenções o inferno está cheio. Depois de oito anos de preparação, o ator boa-praça Robert De Niro realiza seu projeto de direção mais ambicioso, que infelizmente naufraga. O bom pastor tem a pretensão de ser um grande filme sobre o início da CIA nos Estados Unidos, mas é longo (quase três horas) e sem um conteúdo satisfatório para preencher este tempo. O elenco estrelar, encabeçado por Matt Damon e Angelina Jolie, não compensa a complexidade do argumento e os flashbacks nem sempre corretos.

O vai e vem que recorta o período entre a Segunda Guerra Mundial até a Guerra Fria dos anos 60 não é definido com clareza ponto negativo para a montagem e edição. Não existe um clímax e Damon não cria nada de interessante para seu espião patriótico, tampouco consegue ressaltar a passagem de tempo.

São ralas as tentativas de colocar os paradigmas das relações humanas, tanto nas verdades e mentiras do mundo da espionagem quanto nas questões sobre patriotismo. O roteiro de Eric Roth (Forrest Gump e Munique) é abaixo do aceitável para alguém com seu currículo. No fim, conclui-se que Robert De Niro como diretor é um grande ator.