Agência EFE
WASHINGTON - A pianista de jazz Alice Coltrane, viúva do saxofonista John Coltrane, morreu na sexta-feira, aos 69 anos, segundo confirmou o Hospital West Hills, na Califórnia.
O nome de Alice Coltrane entrou na história do jazz quando se tornou pianista do quarteto de seu marido, uma das figuras mais significativas deste estilo musical.
Após sua morte, em 1967, aos 40 anos, Alice Coltrane manteve o legado de seu marido, que foi o ídolo do saxofonista Michael Brecker, vencedor de 11 prêmios Grammy, que morreu ontem de leucemia, aos 57 anos.
Alice Coltrane nasceu em Detroit, em 1937, e começou a tocar aos sete anos.
Recebeu uma educação musical clássica e tocou em igrejas e salas de espetáculos. Após estudar jazz em Paris, mudouse para Nova York, onde passou a fazer parte do quarteto de Terry Gibbs.
Em Nova York conheceu John Coltrane, em 1963, e após seu casamento substituiu o pianista McCoy Tyner na banda de seu marido.
Na década de 1970, passou a se interessar pelas religiões orientais, viajando para Índia.
Na mesma década, adotou o hinduísmo e o nome em sânscrito de Turiyasangitananda.
Nos Estados Unidos, fundou um centro espiritual na Califórnia, o Vedantic Center, e se transformou em líder espiritual de outras comunidades religiosas.
A espiritualidade influiu também sua música. Alice Coltrane tocou harpa em bandas de jazz e suas composições contribuíram para lançar o estilo que ficou conhecido como New Age.