‘Vidas descartáveis’: a escravidão ainda persiste
Cotação: três estrelas
Escravidão é ilegal em todos os países, mas atualmente 35 milhões de pessoas estão sendo escravizadas no mundo. Colocando esse dado em perspectiva, há mais escravos hoje do que no auge do comércio transatlântico de escravos. Como isso é possível? Essa triste observação é o tema do documentário ‘Vidas descartáveis’, de Alberto Graça e Alexandre Valenti, em cartaz (e que estará, em breve, em exibição no canal GloboNews). Numa espécie de road movie, vamos do Norte do Brasil à selva urbana de São Paulo, passando por Brasília, para mostrar essa triste realidade.
Os diretores explicam que colocaram a câmera em primeiro plano, na frente dos explorados, porque tudo está nos olhos deles. E suas experiências nos atinge por causa do horror vivido. Por isso, os depoimentos são bastante verdadeiros e chocantes.
Um dos diretores, Alexandre Valenti, é professor de Audiovisual (em faculdades na Espanha e França), especialista em documentários investigativos, tendo seus filmes exibidos em canais de televisão internacionais como NHK (Japão) e Antenne 2 (França). Sua filmografia inclui ‘500 – os bebês sequestrados pela ditadura argentina’, e as obras sobre a região Amazônica ‘Amazônia – heranças de uma utopia’ e ‘Amazônia – a última fronteira’, ambas produzidas em conjunto com a France Television.
Já Alberto Graça produziu vários longas documentais e de ficção para TV e cinema, alguns em coprodução com canais europeus como RTP (Portugal), BBC (Reino Unido) e ARTE (França). Ele ainda dirigiu três longas de ficção: ‘Memórias do medo’, selecionado para a Quinzena dos Realizadores de Cannes, ‘O dia da caça”, selecionado para diversos festivais internacionais, como de Biarritz e Xangai.
A OIT (Organização Internacional do Trabalho) estima que o trabalho escravo moderno gere, no mundo, uma receita anual de US$ 150 bilhões aos seus exploradores, chegando a ser três vezes mais rentável do que no período do tráfico legal. Desde 1995, mais de 60 mil trabalhadores foram resgatados de situações de trabalho análogo à escravidão no Brasil. Porém, no último país das Américas a abolir a escravidão, estima-se que ainda existam cerca de 370 mil trabalhadores submetidos a tais práticas. Uma realidade cruel.
STREAMINGS+
*A Pluto TV, serviço de streaming gratuito, traz pela primeira vez filmes inéditos em seu catálogo, no canal ‘Cine Sucessos’. O primeiro a estrear no novo canal é ‘Kursk, a última missão’.
*Por enquanto, é só nos EUA: a partir de 27 de setembro o canal CNN estará com sua programação 24 horas dentro do streaming Max. O CNN já tentou um streaming solo, CNN+, mas fracassou.
* ‘Pânico VI’ estreia dia 3 de setembro, no Paramount+
*Vem aí, mais um filme baseado naquele acidente com um time de rúgbi do Uruguai, que caiu nos Andes, nos anos 70: ‘Society of the Snow’, de A. J., Bayona, para o Netflix. Antes, houve o mexicano ‘Sobreviventes dos Andes’ (1976), e o americano ‘Vivos’ (‘Alive’, 1993). O do Netflix entra na plataforma dia 9 de setembro.
*O Paramount+ está com todas as cinco temporadas de ‘Clarissa explica tudo’ (‘Clarisas explains it all’), uma das séries mais populares do Nickelodeon, nos anos 90. É estrelada por Melissa Joan-Hart.
*Estreou no Discovery a segunda temporada de ‘Largados e Pelados Brasil’. A produção original é composta por sete episódios que serão transmitidos semanalmente no canal. Já está no Discovery+.
*A segunda temporada de ‘The Bear’ já está disponível no Star+
*A Warner Bros. Discovery anunciou o relançamento da marca [adult swim] na América Latina, como um canal linear, com lançamento no final de outubro. O [adult swim] começou o Brasil como um bloco noturno do Cartoon Network, e tem alguns programas no HBO Max.
*O novo filme de David Fincher, ‘The Killer’, baseado numa Graphic novel, será lançado nos cinemas dos EUA em outubro e, dia 10 de novembro, entra no catálogo Netflix. Estrelado por Michael Fassbender, ele tem no elenco a brasileira/alemã Sophie Charlotte.
*A HBO Max iniciou as gravações da série ‘Cidade de Deus’. Em seis episódios, a nova série nacional da plataforma se passa duas décadas depois da história do filme homônimo. Com produção da O2 Filmes, continuará a história de seus personagens, tendo como ponto de partida as memórias de Buscapé. Será filmada em São Paulo.
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