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Por Tom Leão

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TOM LEÃO

A magia do cinema através da tecnologia da inovadora Industrial Light & Magic

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Publicado em 19/08/2022 às 11:23

Alterado em 19/08/2022 às 11:24

Tom Leão Foto: JB

Hoje em dia, os filmes com efeitos especiais colossais são praticamente o padrão. Mas quando George Lucas começou a produção do ‘Star Wars’ original, em meados dos anos 1970, era tudo mato. Não havia no mercado nem profissionais adequados e nem equipamentos para criar o que ele estava imaginando para a sua ópera espacial. Por isso, ele teve de inventar, do zero, uma produtora, e arregimentar uma equipe de jovens inexperientes, que apenas gostavam de fazer aquilo, sem nunca tê-lo feito. E o fizeram, criando equipamentos e inventando efeitos no processo. Foi assim que a Industrial Light & Magic surgiu.

É isso o que mostra “Light & Magic”, produção da Lucasfilm e Imagine Documentaries, que está no catálogo do Disney+. A nova docussérie, em seis capítulos de uma hora/cada, apresenta uma jornada imersiva que narra a história nunca contada desta forma tão completa (antes, tivemos apenas livros e o documentário “Industrial Light & Magic: creating the impossible”, 2010) da mundialmente famosa Industrial Light & Magic (ILM): a divisão de efeitos visuais, animação e produção virtual da Lucasfilm, uma das mais importantes do cinema.

 

Macaque in the trees
Tudo começou num galpão e, depois, a Industrial Light &Magic virou referência em efeitos especiais, e inspirou várias outras produtoras (Foto: divulgação)



Com acesso, como nunca antes, a material de arquivo, o cineasta Lawrence Kasdan (que dirige o documentário, tem uma carreira em Hollywood, com filmes indicados ao Oscar, e foi o roteirista de “O Império contra-ataca”) leva os espectadores para uma aventura pelos bastidores da Industrial Light & Magic. E nós conhecemos os pioneiros do cinema moderno que ajudaram a dar vida à visão de George Lucas, ao lado dos cineastas que inspiraram toda a indústria de efeitos visuais.

É muito bacana ver nomes agora respeitados, como John Dykstra (que não ficou muito tempo lá, porque bateu de frente com Lucas), Richard Edlund, Phil Tippet, Dennis Muren (alguns, hoje donos de suas próprias empresas de efeitos especiais), futuros diretores, como Joe Johnston (dos filmes “Querida, encolhi as crianças”), e tantos outros começando suas jornadas como jovens inexperientes (mas inspirados) na IL&M.

No início, a IL&M funcionava num galpão, no subúrbio de Van Nuys, Califórnia, criada apenas para servir aos projetos de George Lucas (basicamente, a primeira trilogia de “Star Wars”). Era quase como, atualmente, uma startup de tecnologia. Lá, com liberdade para criar, eles começaram do zero, improvisando no material (já que não dava pra comprar as peças na loja da esquina), e construíram todo o universo de naves e paisagens que veríamos no clássico filme de 1977 (que deu início a uma saga que perdura até hoje), então apenas uma aventura para durar um verão, conseguir pagar os custos e realizar o sonho de Lucas (que achava realmente que o primeiro filme ia fracassar).

Mas, depois que o filme estreou e tudo deu certo, “Star Wars” se tornou fenômeno cultural, e acabou influenciando uma nova geração de cineastas que viriam a seguir, como James Cameron e J.J. Abrams, mudando o cinema como se conhecia até então, estabelecendo os blockbusters de verão. E tudo isso em grande parte graças aos engenhosos e por vezes simples efeitos especiais da IL&M, que realmente nos levaram para um novo mundo fantástico. E a empresa foi adiante, com sucesso.

A IL&M mudou o jogo. A empresa e seus técnicos passaram a trabalhar em outros projetos, para amigos de Lucas, sobretudo Steven Spielberg, que se sentiu num parque de diversões, quando visitou o galpão. Para Spielberg, trabalharam em ‘Contatos imediatos’, “E.T.”, os filmes “Indiana Jones” etc. No futuro, fariam também o revolucionário “Jurassic Park”, já usando efeitos especiais criados por computador, CGI. E, para Ron Howard, fizeram “Willow”, criando o efeito conhecido como morf.

Além de trabalharem para os amigos de Lucas, os principais nomes da IM&L também criaram efeitos especiais para os filmes de cinema da série ‘Star Trek’, para o terror “Poltergeist”, a fantasia “Dragonslayer”, a aventura juvenil “Os Goonies” etc. Foi da IM&L que saiu a Pixar (vendida depois para Steve Jobs e, hoje, parte da Disney) e também o camarada que inventou o Photoshop! Sem contar os assombrosos efeitos para os filmes de James Cameron (‘O segredo do abismo’ e ‘O exterminador do futuro II’). A importância da IM&L é imensurável, até hoje, na tecnologia e no cinema. É a tal magia do cinema em ação.

 

STREAMINGS+

Macaque in the trees
Vem aí mais uma versão para o clássico 'Ligações perigosas', agora reimaginada, como série, em novembro, no Starzplay (Foto: divulgação)

 

* A série animada de sucesso South Park celebra 25 anos. E para comemorar o aniversário, o Comedy Central e o Paramount+ estão com vários programas especiais, entre eles, o inédito “South Park 25º aniversário: o concerto” e dois desenhos inéditos.

* O serviço de streaming gratuito ViX lançou a série “Mais um Round”, com o personal Rodrigo Ruiz que atende nomes como Sabrina Sato e Anitta. Na série, com 12 episódios, Ruiz explica sobre sua técnica – “personal fight”, que une os movimentos da arte marcial e exercícios funcionais - e disponibiliza seus treinos, em aulas de 20 e 30 minutos. Para acompanhar, basta ir no site do ViX ou baixar o app. A série pode ser acessada de graça, sem a necessidade de criar uma conta/login.

* A série “Pennyworth” (spin-off do universo Batman), enfim, vai voltar, depois de duas temporadas (exibidas aqui no Starzplay) e longo hiato. Agora, com o explicativo subtítulo “As origens do mordomo de Batman”, será exibido no HBO Max, em outubro. As duas primeiras temporadas já estão disponíveis na plataforma.

* Outra série que voltará para a sua quinta e última temporada é “The Handmaid´s Tale”, em setembro, no Paramount+

* O Disney+ lança em 8 de dezembro, nos EUA, a versão com anúncios da plataforma, que custará US$8, contra os US$11 da sem anúncios.

* A Starzplay divulgou informações de duas novas produções originais: a reimaginação do romance do século XVIII “Ligações Perigosas”, que estreia em 6 de novembro, e a série documental em oito partes, “The BMF Documentary: Blowing Money Fast”, que estreia em 23 de outubro. Também foi anunciada a renovação para a terceira temporada de “Power Book III: Raising Kanan”, da série “Power”.

* A série em três partes “The Continental”, que será uma prequel dos filmes “John Wick”, será lançada pelo serviço de streaming Peacock, nos Estados Unidos, em 2023. Ela se passará em 1975.

* O Paramount+ confirmou a contratação de Seu Jorge para atuar em dois novos projetos do serviço de streaming: a série biográfica “Anderson Spider Silva” e um longa-metragem. Ambos os projetos são produções originais Paramount+, produzidas pelo VIS.

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