Streaming, Cinema

Por Tom Leão

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TOM LEÃO

Sem nenhum alarde, os filmes de James Bond já estão disponíveis no Prime Vídeo

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Publicado em 29/04/2022 às 08:40

Alterado em 29/04/2022 às 08:40

Tom Leão Foto: JB

Recentemente, a Amazon fechou a compra de parte do acervo da MGM que ainda estava à venda (a outra parte foi comprada, nos 80s, por Ted Turner, e hoje pertence ao acervo da Warner/HBO; inclui clássicos como ‘O Mágico de Oz’, ‘...e o vento levou’ e ‘Cantando na chuva’, além dos desenhos de Tom & Jerry). Um dos itens mais valiosos desta aquisição é o direito a todos os filmes da série James Bond oficial.

Desde o primeiro filme do agente 007, ‘Dr. No’ (1962), com Sean Connery, até o último, ‘Sem tempo para morrer’ (2021), com Daniel Craig, está (quase) tudo lá. Menos dois, feitos fora desse contrato. Que são: a comédia ‘Casino Royale’ (1967), que tem até Woody Allen no elenco; e ‘Nunca mais outra vez’ (1983), que Connery fez numa brecha de contrato, após ter jurado jamais encarnar Bond novamente, e o título ironiza isso. O curioso é que os filmes entraram no catálogo do Prime Video sem nenhum alarde. Descobri por acaso. Só por eles, muita gente assinaria o streaming de Jeff Bezos, sem hesitar.

 

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Os filmes de James Bond, o agente 007, já estão disponíveis no Prime Video (Foto: reprodução)

 

E que maravilha é assistir aos filmes (todos remasterizados em cópias cristalinas, em alta definição) da fase inicial, com Sean Connery - na minha opinião, o melhor agente 007, criado por Ian Fleming (que só viu os dois primeiros, antes de morrer) -, que foram o padrão seguido por todos os demais filmes de espião feitos a partir dos anos 1960. Está tudo lá: as aventuras ao redor do mundo, as mulheres fatais, os vilões sinistros, as armas engenhosas. E os personagens recorrentes, como Q (que criava as engenhocas), M (o chefão da MI6), Miss Moneypenny (a secretária que arrastava asa pro James) e o agente da CIA Felix Leitner (que, no primeiro filme, foi feito por Jack Lord, da série de TV ‘Hawaii 5-0’). Até hoje, seis atores encarnaram o agente duplo zero, na série de filmes oficiais.

É tudo com um pé no limite do absurdo e da caricatura (não era realmente para ser levado a sério, vide as piadinhas que Bond fazia o tempo todo). Algumas coisas, hoje em dia, são consideradas ‘politicamente incorretas’. Como o fato de James beber (muito) e fumar (bastante), namorar com três ou quatro moças por filme (aliás, nos dois primeiros, ele chegou a ter uma namorada fixa em Londres, que seria usada como piada referencial, mas depois a ideia foi engavetada) e os vilões serem estereótipos étnicos (geralmente, orientais).

E as belíssimas mulheres (conhecidas depois como Bond Girls, que tanto poderiam ser vilãs ou heroínas) eram um motivo a mais para se ver os filmes (além das aberturas e dos temas musicais). A primeira de todas foi a deslumbrante Ursula Andress, no auge da beleza. A cena quando ela sai do mar, num biquini branco, até hoje é lembrada (e referenciada em outros filmes). Depois, o padrão foi mantido, com uma moça (geralmente europeia) tão ou mais bonita que a anterior.

Mas eram outros tempos. E ver estes filmes hoje soa quase como fazer uma viagem a um passado onde as coisas eram menos complicadas. Você apenas se divertia, sem levar nada a sério. Cinema é escapismo, diversão. E os filmes de James Bond (que foram ficando cada vez mais superproduzidos) são alguns dos melhores exemplos disso. Pena que, na última fase (a com Craig), eles tenham estragado quase tudo o que veio antes. Então, pegue o martini (mexido, não batido) e divirta-se com Bond, James Bond. O melhor espião de todos.

Agora, se você quer acompanhar as aventuras de um detetive engraçado, o pacote MGM, adquirido pela Amazon, inclui outros filmes, que eram da United Artists (como os Bond). Como os do desastrado Inspetor Clouseau (feitos por Peter Sellers), da série ‘A pantera cor-de-rosa’. Eles já estão disponíveis na plataforma, e também foram inseridos lá sem nenhum destaque.

 

STREAMINGS:

* A plataforma de streaming Starzplay marcou para o dia 12 de junho a estreia de ‘Becoming Elizabeth’, série de drama que vai explorar a fascinante e não contada história dos primeiros anos de vida da rainha mais querida da Inglaterra, Elizabeth II.

 

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The Offer' contará os bastidores de como foi produzir 'O poderoso Chefão' (Foto: divulgação)

 

* O Paramount+ anunciou para esta sexta, 29 de abril, a estreia da série original ‘The Offer’, baseada nas experiências do produtor Albert S. Ruddy, e sua jornada na criação de ‘O Poderoso Chefão’. A série, de 10 episódios (os três primeiros estarão disponíveis hoje), terá um novo lançado toda sexta-feira.

* Criado em 1892, pelo barão de Drummond, para impedir o fechamento do Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, em Vila Isabel, o jogo do bicho transformou-se em um império do crime, que movimenta bilhões. A série documental “Lei da Selva - A História do Jogo do Bicho” mostra que a prática está intimamente ligada ao crime organizado, ajudando a financiar tráfico de drogas, milícia e corrupção. Dividida em quatro episódios, a produção estreia hoje, às 22h30, no Canal Brasil e nos serviços de streaming Canais Globo e Globoplay.

 

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'Becoming Elizabeth' mostrará os anos da jovem princesa, antes de ser rainha (Foto: Canyon Design Group)

 

* Após o sucesso da primeira temporada, a competição de comédia da Amazon, ‘LOL: se rir, já era!’, foi renovada para duas novas temporadas. Novamente apresentado por Tom Cavalcante, o programa terá uma nova co-host a cada temporada.

* Estrelada por Elisabeth Moss (“The Handmaid's Tale”, “Mad Men”) e pelo brasileiro Wagner Moura, a série "Iluminadas" estreia na Apple TV+ nesta sexta-feira, 29 de abril.

* O serviço de streaming gratuito da Amazon (EUA e UK), que era conhecido com o IMDB TV, agora se chama Freevee. É parecido com o Pluto TV, da Viacom. Não há previsão para o Brasil.

* A segunda temporada da aclamada e premiada série ‘Hacks’, do HBO Max, volta dia 12 de maio, com todos os episódios.

Redes sociais: @tomleao

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