
TOM LEÃO
Segunda temporada de ‘Euphoria’ eleva o nível das séries de TV a um alto patamar
Publicado em 11/02/2022 às 09:27
Alterado em 11/02/2022 às 09:27

Quando ‘Euphoria’ estreou, há dois anos, na HBO, foi como a passagem de um furacão. Fomos tomados de assalto com aqueles personagens adolescentes tão complexos e muito sexuais. Sobretudo por uma menina viciada em drogas, Rue (feita com extrema competência por Zendaya, que merece todos os prêmios pelo papel, sobretudo, nesta temporada), e sua melhor amiga, depois namorada, Jules (Hunter Schafer), uma garota trans. Criada por Sam Levinson (que se inspirou em série israelense da década 00, passada nos anos 90), era a coisa mais hardcore envolvendo teens desde a britânica ‘Skins’. Esta lançou Nicholas Hoult, Dev Patel e Kaya Scodelario. E teve uma versão americana/MTV, que não deu certo.
‘Euphoria’ deu certo. Tanto que os episódios de sua segunda temporada (ora em curso) estão dando mais do que o dobro de audiência que os da temporada anterior (que teve um hiato de um ano para a nova, por conta da pandemia, com direito a dois especiais no começo do ano passado), inclusive na América do Sul. A cada semana, a audiência aumenta e os episódios ‘viralizam’. E semana passada a HBO avisou que uma terceira temporada já está garantida. Merecido.
Mas o que faz esta temporada ser melhor do que a anterior? A exposição maior dos personagens. Se no começo tudo girava em torno do vício de Rue e de seu complexo relacionamento com Jules, agora todos os personagens secundários estão tendo o seu momento de brilho solo. Alguns episódios começaram com flashbacks de personagens pouco explorados, mas importantes para a trama. Soubemos mais sobre a complicada Cassie (Sydney Sweeney, dando show de interpretação) e sua irmã Lexi (Maude Apatow); a infância do traficante Fezco (Angus Cloud); e sobre Cal (Eric Dane), o violento pai de Nate (Jacob Elordi). Sem contar que cada episódio desta nova temporada é melhor do que o anterior, alcançando níveis de dramaturgia e qualidade muito acima do que temos vistos em qualquer parte atualmente. O último episódio, por exemplo, foi de tirar o fôlego!
Também foi introduzido nesta temporada um novo personagem, o tranquilo Elliot (Dominic Fike), que compôs um trio amoroso com Rue e Jules; além da estreia da ex-atriz pornô Chloe Cherry como uma viciada de quem Fezco precisa ‘tomar conta’ para um amigo. E como não podia deixar de ser, a trilha sonora (que é coordenada por Labrinth, que apareceu num dos episódios, cantando) é um dos destaques. Sobretudo por não ficar presa apenas a sucessos musicais do presente, mas voltado no tempo de forma adequada, ainda que os personagens estejam na casa dos 16 e não escutem realmente sons dos anos 80 e 90.
Enfim, ‘Euphoria’ é dez! Uma daquelas séries sobre a qual estaremos falando ainda por muitos anos...
STREAMINGS+
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