Loki é um dos deuses mais populares da mitologia nórdica, junto com seu meio-irmão, Thor, o deus do Trovão. O que o faz tão popular é que, além de ser o deus da trapaça e da travessura, ele também pode adquirir diferentes formas. Assim, de modo traiçoeiro, ambíguo, ele vai ludibriando, se dando bem e ganhando a confiança alheia. Para depois trair.

No momento, Loki está presente, de formas bem distintas, em duas versões: “Loki”, série original Marvel, do Disney+, (seis capítulos); e em “Ragnarok”, série norueguesa, exclusiva do Netflix, segunda temporada, seis capítulos.

Na versão Disney/Marvel, temos o conhecido Loki dos filmes da saga dos Vingadores (o ator inglês Tom Hiddleston, muito bem no tipo) numa trama que se passa imediatamente após os eventos mostrados em “Avengers: Endgame”. Contudo, o resultado final é algo insatisfatório, já que a trama apenas serve de ponte para os vindouros longas “Doctor Strange in the Multiverse of Madness” (2022) e “Ant-man & The Wasp: quantumania” (2023), e faz de Loki um tipo bufão. Haverá uma segunda temporada.

Já a segunda temporada de “Ragnarok” (uma boa atualização em cima dos mitos nórdicos, passada nos dias de hoje, e com elenco jovem) vai direto ao assunto. Se a primeira parte foi apenas uma longa introdução - que revelou vir aí um novo apocalipse, o Ragnarok das lendas - na atual vemos personagens descobrindo quem são (como o tímido Laurits/Loki) e o time de guerreiros sendo montado para enfrentar os inimigos seculares, os Gigantes (Trolls).

Tudo tendo como pano de fundo uma trama que envolve questões ecológicas, e que põe em risco a vida uma cidadezinha costeira da Noruega atual, dominada por uma família rica, mas povoada por gente simples e pobre (sim, há pobreza na Noruega). Mas que, nem por isso, vai deixar de defender a sua terra. E a nossa Terra. Uma boa sacada que é muito bem desenvolvida - numa língua impenetrável - e sem os efeitos especiais excessivos da Marvel. A construção psicológica dos personagens é mais importante do que as cenas de ação.

STREAMINGS+

*Vem aí mais um canal de streaming: o CNN+ Desde o lançamento, em 1980, esta será a maior novidade do primeiro canal de notícias 24 horas. A previsão é para 2022. O diferencial serão programas exclusivos com seu time de comentaristas e nova equipe.

*Disney+ decidiu que, após “Jungle Cruise”, seus filmes voltarão a ser lançados exclusivamente nos cinemas, e não mais simultaneamente na sua plataforma, no modo Premier Access, onde se paga um extra para assistir em casa na estreia. Principal motivo: a pirataria.

*O Starzplay anunciou que a nova série policial original ‘BMF’, do produtor executivo Curtis “50 Cent” Jackson, estreia no domingo, 26 de setembro. Tendo como pano de fundo a Detroit, Michigan, dos anos 80, ‘BMF’ conta a história real da família Flenory. A série terá episódios disponíveis todos os domingos.

*O HBO está liberando episódios selecionados de “Game of Thrones”, “Euphoria”, “Gossip Girl” e outras séries, para usuários do Snapchat, nos Estados Unidos, no que chamam de Snap Minis. Dá para ver os episódios solo ou em grupo, bastando ter o aplicativo. Depois, caso o usuário maior de 18 anos queira, ele pode assinar o serviço HBO Max. É uma boa (e diferente) isca.

*O documentário “Madame X”, de Madonna, estreará dia 8 de outubro, com exclusividade, no Paramount+ nos Estados Unidos, América Latina, Austrália, países nórdicos e Canadá. Filmado em Lisboa, o filme captura uma performance ao vivo da rainha do pop, que faz a personagem Madame X, uma agente secreta.

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