Saúde & Alimentação

Por Wilson Rondó Júnior

[email protected]

SAÚDE E ALIMENTAÇÃO

O declínio nutricional das nossas crianças e jovens

Publicado em 25/12/2023 às 10:14

Alterado em 25/12/2023 às 10:14

A quantidade de alimentos ultraprocessados ingerida pelas gerações mais novas é algo preocupante, nos mostrando cada vez mais a possibilidade de ocorrer, pela primeira vez, que os mais velhos enterrem os mais novos.
Triste expectativa, e por quê?
Excesso de consumo de alimentos ultraprocessados...

Hoje sabemos que mais de 20% do consumo desse tipo de alimentação traz sérias consequências. Atualmente, há um sistema de classificação que organiza os alimentos de acordo como são processados. Essa classificação chama-se NOVA, e estuda o impacto desses alimentos ultraprocessados, consumidos regularmente, em nosso corpo.

Alimentos ultraprocessados são formulações industriais que contêm 5 ou mais ingredientes, incluindo açúcares, gorduras, sal, estabilizantes e defensivos.

Obviamente, esses componentes só são encontrados nesse tipo de alimento, ao contrário do que se encontra na natureza e em preparações culinárias.

O objetivo, no caso, é realçar o sabor e maquiar o gosto indesejável no produto final.

Proporções de consumo de ultraprocessados

De acordo com os estudos, mais de 20% de ingesta calórica diária é considerado alto, e se observa:

USA 57%
França 14,4%
Brasil > 30%
Inglaterra 56,8%
Canada 48%

Efeitos do alimento ultraprocessado

Com o transcorrer do tempo de consumo observa-se:

- sono de má qualidade, apneia do sono
- ansiedade e depressão
- letargia
- libido baixa
- sensação de infelicidade
- ganho de peso, obesidade
- azia
- sensação de envelhecimento acelerado
- risco de mortalidade por todas as causas
- declínio cognitivo
- declínio de excretar ações
- disfunção mitocondrial
- redução da diversidade da flora intestinal
- queda imunológica
- risco de fraturas
- aumento do hormônio ghrelin (responsável pela fome)
- diminuição do hormônio leptina, responsável pela saciedade
- aumento do risco de muitas doenças sérias, como:

  • morte prematura
  • alteração dos níveis de colesterol
  • diabetes tipo 2
  • derrame
  • doença cardíaca
  • hipertensão
  • osteoporose
  • problemas respiratórios
  • diversos tipos de câncer
  • dores e dificuldade funcional

Portanto, é você quem decide, e evitar esses alimentos certamente retardará o seu declínio físico, cognitivo e de saúde de forma geral.
De toda forma, converse com o seu médico.

 

Referências bibliográficas:

- Alzheimer's Association, August 3, 2022

- World Nutrition, 2016;7(1-3)

- BMJ Open, 2016;6:e0009892

- BMJ Open, 2018;8(3) Results

- New York University, October 14, 2021

- JAMA Intern Med. 2019;179(4):490-498

- Harvard Health Publishing, May 1, 2019

- American Heart Association, January 29, 2020

- American Heart Association, Vegetarian, Vegan and Meals without Meat, More Tips for Going Meatless

- Springfield News-Leader, August 8, 2022

- Alzheimer's Association, August 3, 2022

- Springfield News-Leader, August 8, 2022

- CNN, August 1, 2022

- BBC Food, What Happened When I Ate Ultraprocessed Food for a Month

- Cell Metabolism, 2019;30(1)

- BBC Food, What Happened When I Ate Ultraprocessed Food for a Month subhead 2 para 2

- Centers for Disease Control and Prevention, Consequences of Obesity

- Times Now News, February 14, 2020

- JAMA Intern Med. 2019;179(4):490-498

- The Conversation, March 19, 2020

- Bone Research, 2021;9(14)

-Clinical Diabetes and Endocrinology, 2018;4(12)

 

Dr. Wilson Rondó Jr.
CRM RJ 52-0110159-5
Cirurgião Vascular de formação e Nutrólogo
Registro nº 058357