Os cinco perigos dos produtos 'glúten free'
Pode parecer algo óbvio que os produtos glúten free sejam confiáveis, mas preste atenção:
1 - Nem tudo o que é rotulado como glúten free realmente o é. A maioria dos produtos glúten free é junk food. O risco é pelo fato de que muitos desses produtos são processados ou ultraprocessados, com rotulagem que não traduz a realidade do que contêm. Apresentam falta de fibras e frequentemente estão cheios de açúcar, sal e óleos desfavoráveis para a saúde. Com isso, não passam de calorias vazias.
Ex: chips, crackers, barras, pães, cereais de alto índice glicêmico, feitos de farinha de arroz ou milho refinado, pulverizados com pó de vitaminas.
2 - Você pode, com essas enganações, vir a ganhar peso. Muitos desses produtos rotulados como glúten free, contêm alta concentração de açúcar e pouquíssimos nutrientes, além de altamente processados. Hoje se encontra nos mercados uma ampla gama de produtos glúten free. Quando as pessoas vão para esses produtos, inconscientemente pensam que, “se é saudável, eu posso comer mais”. Porém, triste engano. É importante o consumidor entender isso, de que glúten free não significa necessariamente saudável ou uma boa opção para perder peso.
3 - Produtos glúten free à base de arroz podem colocá-lo em risco. Nos alimentos glúten free, há um maior risco de aumento de exposição a arsênico, um metal pesado indutor de câncer. Segundo o Consumer Report; “cerca de metade dos produtos glúten free, encontrados no mercado, contendo arroz, como pasta, crackers e cereais infantis, apresenta elevados níveis de arsênico, um “carcinogênico”. E mais: caso você opte por glúten free, evite produtos contendo amido e farelo de batata, além de soja. Todos são ricos em pesticidas e herbicidas, além do milho e soja serem transgênicos.
4 - Contaminação cruzada. Infelizmente, muitos produtos glúten free, podem conter traços de glúten por contaminação cruzada. E isso já pode ser suficiente para a piora do consumidor. Muitas vezes, esses produtos são manufaturados nos mesmos equipamentos usados para trigo ou outros produtos que contenham glúten.
Em 2014, um estudo publicado no European Journal of Clinical Nutrition, avaliou 158 produtos rotulados como glúten free. Observou-se que 5% dos itens analisados, sendo alguns certificados como glúten free, estavam contaminados, segundo parâmetro do FDA, que é de no máximo 20 partes por milhão de glúten.
5 - Outro ponto importante é que se deve tomar cuidado com alimentos rotulados glúten free, que sejam feitos de cevada e centeio, pois infelizmente estes também contêm glúten, apesar de virem rotulados como glúten free.
Fica aqui o meu conselho para que, no caso de realmente precisar de uma dieta glúten free, deve-se evitar grãos pela presença de glifosato. Além disso, rico em carboidratos, o que é muito consumido pela maioria das pessoas.
Prefira pouco carbo, proteína em moderação e aumente o seu consumo de gorduras boas. Com isso você gera energia e metaboliza mais a base de gorduras e menos carboidrato, o que é a melhor solução para você!
Referências bibliográficas:
- Today’s Dietitian, Weight Gain and the Gluten-Free Diet
- Consumer Reports . November 2014
- Chemistry World. August 22, 2017
- American Cancer Society, Arsenic and Cancer Risk
- European Journal of Clinical Nutrition. October 1, 2014; 1-4
Dr. Wilson Rondó Jr.
CRM RJ 52-0110159-5
Cirurgião Vascular de formação e Nutrólogo
Registro nº 058357