Moda e Estilo

Por Iesa Rodrigues

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IESA RODRIGUES

Minas Trend: ombreiras e sutiãs à vista

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Publicado em 06/11/2022 às 07:00

Alterado em 08/11/2022 às 11:47

Flores e grandes volumes dominaram as coleções de moda festa Foto: divulgação

 

 

 

Macaque in the trees
Iesa Rodrigues (Foto: JB)
 

 

 

Os estilos do inverno 2023 foram definidos pela 28ª edição do Minas Trend, realizado em Belo Horizonte. Além das novidades sugeridas para vestir e calçar no ano que vem, mudou também o local do evento: passou para o MinasCentro, espaço aprovado por expositores e visitantes por ser mais acessível do que o ExpoMinas, onde até então se realizava. Um motivo da aprovação é o fato de ser próximo do Mercado Central de Belo Horizonte, point de compras favorito dos turistas que procuram produtos locais.

Felizes com os resultados das vendas, os 140 expositores seguiram padrões característicos da moda mineira: alta qualidade na confecção, interferência de detalhes artesanais como bordados e recortes aplicados, cores fortes, acrescidos de tendências do momento, como os brilhos e volumes marcantes, inspirados pela moda dos anos 1970/1980. O que significa muito jeans, couro, um colorido mais vivo do que no próximo verão - verde turquesa, laranja terroso, pink, azul e roxo vibrante - e a temida volta das ombreiras!

 

Alguns destaques demonstram as propostas gerais do Minas Trend:

 

Macaque in the trees
Victor Dzenk apostou no pink como tom do inverno 23 (Foto: Foto: Instagram Victordzenkoficial)

 

Macaque in the trees
A Rota das Grutas é a referência da coleção de inverno de Victor Dzenk (Foto: Foto: Instagram Victordzenkoficial)



Victor Dzenk: um dos maiores representantes da moda de Minas apostou nos pinks e em estampas terrosas, na coleção inspirada na Rota das Grutas

 

Margot: a marca carioca apresentou belos mocassins bicolores. O mocassim deve concorrer com as botas no próximo inverno. Chama a atenção a série de chinelos sofisticados lançados para o verão 22/23, com recortes de flores

 

Bruna Bert: cria joias com madeiras de mangues e canoas de Alagoas. São 15 peças na coleção Foz

 

Macaque in the trees
Peças grandes, como colares e brincos, com muito brilho na Claudia Marisguia Bijoux (Foto: Foto divulgação)



Claudia Marisguia Bijoux: Um exemplo do colorido que deve dominar a estação, com esmaltados, strass coloridos, cores de vegetação e flores em brincos longos e grandes colares

 

Macaque in the trees
A Arte Sacra mostrou a coleção Rosário em happening no Minas Trend (Foto: Foto: divulgação)


 

Arte Sacra: Há 30 anos a artista plástica Maria Rita Malloy sonhou com suas obras penduradas em vitrais e decidiu criar a Arte Sacra, inspirada no sonho. Atualmente a marca está nas mãos de Carolina Malloy, a segunda geração, que lançou em happening a coleção Rosário, com modelos enfeitados com flores artesanais, arabescos bordados e joias removíveis.

 

Acessórios: nas bolsas, cores metálicas, texturas diversas e o couro do pirarucu, material antes lançado pela Osklen, no Rio de Janeiro, que agora vira foco do atacado de marcas do setor de acessórios.

 

Macaque in the trees
Sutiãs inspirados pela Copa, para uso como terceira peça, aparente (Foto: Foto: divulgação)

 

Lingerie: aqui, o importante é a volta do sutiã aparente, lançado pela Lindelucy, em coleção cápsula pela Copa do Mundo, que sugere o sutiã como terceira peça, junto com blazers e calças ou saias. Mais importante ainda foi o edital lançado pela FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) e o Sebrae que reuniu marcas de cidades como Juruaia, Guaxupé, Uberaba, Cabo Verde, Monte Belo, Muriaé, Uberlândia e Taiobeiras, onde há confecções de lingerie, moda praia, fitness e sleepwear. E aí, Nova Friburgo, o que vamos fazer para competir?

 

Festas: uma das especialidades de Minas, desta vez é a roupa para comemorar a vida, depois dos anos de isolamento. Muito brilho, volumes, estampas florais e geométricas. Ninguém deixa de citar a importância dos brechós e do sistema de aluguel neste setor.

 

Futuro: a visão de eventos futuros pode ter sido demonstrada pelo espaço Phygital, produzido pela empresa TECEO, onde os compradores assistem a showrooms virtuais, de quem não participou fisicamente do Minas Trend. “Desta maneira, atingimos compradores de outros estados”, explicou Guilherme Scalon, CEO da empresa. A proposta, em princípio, é manter estes showrooms até o dia 30 de novembro na plataforma Minas Trend Phygital.

 

Bons resultados: até os organizadores se surpreenderam com as vendas em torno dos R$ 20 milhões alcançadas pelos 140 expositores. Para Flavio Roscoe, presidente da FIEMG, “esta edição representou a recuperação do setor fashion”. Um setor que merece atenção, já que só em Minas Gerais gera 60 mil empregos nas pequenas e médias empresas que, em geral, reúnem as pessoas que trabalham no setor de moda e confecções.

 

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