Moda e Estilo

Por Iesa Rodrigues

[email protected]

IESA RODRIGUES

As pedras e as formas chamam

...

Publicado em 07/05/2022 às 09:19

Alterado em 07/05/2022 às 09:20

Iesa Rodrigues JB

Pelas vacinas ou pelo cansaço, o medo da Covid diminuiu e há uma sensação de quase normalidade no dia a dia. Pouca gente ainda usa máscaras nos shoppings, escasseiam os totens de álcool gel, os encontros reúnem cada vez mais gente. Com o pretexto dos presentes para as mães, temos lançamentos em muitos setores de moda, casa e tecnologia. E joias, adornos de sucesso eterno. Nesta semana duas designers receberam em seus endereços para mostrar as novidades. E um joalheiro mostrou duas propostas novas.

 

Macaque in the trees
Anel com dois tons de água marinha, por Francisca Bastos (Foto: divulgação)


Macaque in the trees
Colar com pedra e corrente entremeada de águas marinhas, da coleção Tudo Azul (Foto: divulgação)

 

Tudo azul

Há 38 anos a arquiteta Francisca Bastos começou a estudar e pesquisar modelos clássicos de joias. Agora a paixão pelas pedras se concentrou na água-marinha, base da nova coleção Tudo Azul."Depois de dois anos sem criar, andando cedinho na praia até o Arpoador, veio a inspiração do mar. Juntei com a música Tudo Azul, da Baby Consuelo e sairam estas sete peças de água-marinha e pérolas (que também saem dos mares)", explica Francisca, que se orgulha de já ter recebido o arquiteto Oscar Niemeyer na sua sala e ouviu dele o conselho de continuar com o olhar de arquiteta. " Até fotografei o cheque que ele me deu!". Em três décadas Francisca já vendeu para mães, avós e filhas, clientes anotadas em caderno, que muitas vezes levam pedras que viram joias personalizadas produzidas na oficina própria. Esta é uma vantagem da Francisca, porque as peças têm preços a partir de R$ 1000. "Só tem uma porta entre a minha oficina e o preço", brinca a designer. Que, além do estudo de Arquitetura, define a inspiração: "a pedra me chama".

 

Macaque in the trees
Grandes colares da Claudia Duarte, o modelo Copacabana e o de tubinhos dourados com forma de resina (Foto: divulgação)


 

Macaque in the trees
Braceletes de tear de pedras com amarrações de fios de algodão (Foto: divulgação)

 

Sintético e natural

Nem ouro, nem brilhantes: o trabalho da Claudia Duarte faz sucesso desde o ano 2000. A meio caminho entre a bijuteria e a joia, a mistura de metais, cordas, fios e resinas produz brincos, colares e pulseiras em edições limitadas de no máximo 10 peças. "quando crio, procuro as formas. Vou procurando, vejo um galho de árvore que serve para uma fôrma. As ondas inspiram formas sinuosas, como no colar que chamo de Copacabana". O DNA da marca é a mistura de linguagens sem perder o handmade, o artesanal. Um exemplo é a pulseira de tear, com pedras, amarrada com fios de algodão. As vendas são feitas online, pelo Facebook ou Instagram, processos organizados pela empresa de Debora Chaves e Luiz Carvalhudo, que dominam o TI e administram o @claudiaduartebijoux.
Os preços variam de R$ 60 a R$ 280. Como Francisca, Claudia também define sua inspiração: " A peça me fala"

 

Macaque in the trees
Delicada pulseira fina com diamantes, safiras, esmeraldas e tanzanitas (Foto: divulgação)


Macaque in the trees
Braceletes Slide, de prata, por Antonio Bernardo (Foto: divulgação)

 

Um mestre

Desde os anos 1970, Antonio Bernardo encanta com suas ideias. No começo eram pingentes fofos de prata esmaltada, alguns anos depois os brilhantes entraram nos colares. O que chamava a atenção era a delicadeza das joias: cordões de ouro com apenas um pequeno brilhante em lapidação baguete, brincos em forma de raio (vistos em figurinos de novela).

Um dos pontos de maior originalidade é a pulseira. O anel puzzle (quebra-cabeça) ganhou prêmios internacionais, mas os modelos que enfeitam os pulsos chegam a ser fetiches de beleza. Duas novidades: o bracelete Garden, com diamantes, safiras, esmeraldas e tanzanitas (R$ 29.900) e a pulseira Slide, de prata 925 (R$ 8.400). Os preços são altos, mas há sempre a possibilidade de parcelar

Tags: