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Por Marcio.G

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Academia Brasileira de Cultura terá posse de artistas e ministras

Publicado em 08/11/2023 às 08:27

Alterado em 08/11/2023 às 08:27

Primeira ministra indígena do Brasil, Sônia Guajajara assumirá uma cadeira na Academia Brasileira de Cultura Reuters/Amanda Perobelli

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, assumirá a cadeira que tem o nome de Emilinha Borba ( e que foi ocupada por Elza Soares), também tomará posse, na próxima terça (14), na Academia Brasileira de Cultura, a primeira indígena a ocupar um ministério no Brasil, Sonia Guajajara, deputada federal eleita por São Paulo.

Presidida pelo educador Carlos Alberto Serpa, presidente da Fundação Cesgranrio e da Academia Brasileira de Educação, a Academia Brasileira de Cultura foi instalada em dezembro de 2021, e tem como atuais integrantes Zeca Pagodinho, Cristiani Torloni, Gabriel Chalita, Arnaldo Niskier, Dalal Achar, Ney Latorraca, Fátima Bernardes, Marcelo Calero, entre outros.

A ministra Margareth Menezes, nova imortal da Academia Brasileira de Cultura
Foto: José de Holanda/divulgação

A Academia Brasileira de Cultura criou uma nova cadeira para Sonia Guajajara, informa Leandro Bellini, acadêmico e curador da cerimônia de posse. Ela assumirá a cadeira que tem como patrono um integrante de seu povo, Paulo Paulino Guajajara, que foi assassinado na terra indígena de Arariboia, no estado do Maranhão, em 2019.

Além de Sonia Guajajara, a Academia terá, ainda, a cacique Juma Xipaia, secretária de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas, na cadeira que tem como patrono Marçal de Souza, o Tupã Y, outro grande defensor da causa, que discursou em nome dos indígenas quando o Papa João Paulo II veio ao Brasil, durante a ditadura militar, em 1980, e foi morto, em 1983, após se envolver na luta pela posse de terras, em Bela Vista. Juma Xipaia tem um importante Instituto de preservação ambiental, apoiado por Leonardo DiCaprio.

[Academia Brasileira de Cultura] Glória Pires assumirá a cadeira que tem como patrono seu saudoso pai, o ator e humorista Antonio Carlos Pires
Foto: Desirée do Valle/divulgação

As cadeiras que têm como patronos Angela Maria e Machado de Assis vão receber, respectivamente, a cantora Alcione e a escritora Conceição Evaristo.

A atriz Gloria Pires ocupará a cadeira que tem como patrono o seu próprio pai, o ator e humorista Antonio Carlos Pires.

Foi criada, também, uma cadeira em homenagem à cantora Elza Soares e quem assumirá será a cantora trans Lininker, primeira artista transgênero a conquistar um Grammy.

"Isso reflete que a Academia está aberta às transformações sociais", diz o organizador da cerimônia e acadêmico, Leandro Bellini, que é o secretário de Cultura da Fundação Cesgranrio.

Também estão na lista dos novos acadêmicos, a atriz Vanessa Giácomo (na cadeira com o nome de Chico Anísio), o gestor cultural Antenor Neto (na cadeira com Pixinguinha como patrono), e a apresentadora Luana Xavier (na cadeira com o nome de sua avó, Chica Xavier).

O diretor teatral José Luiz Ribeiro assumirá a cadeira que tem Murilo Mendes como patrono.

A festa da posse será na Fundação Cesgranrio, em cerimônia seguida por jantar.

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