COISAS DA POLÍTICA

Jornalismo foca o que é fora de lugar

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Publicado em 03/03/2024 às 07:02

Alterado em 03/03/2024 às 08:08

General Marco Antônio Freire Gomes Foto: Reprodução

O saudoso Millôr Fernandes dizia: “Jornalismo é crítica, o resto é na seção de secos e molhados”. Ou seja, a função dos jornais, e dos jornalistas, é apontar o que está fora de ordem ou de lugar. Os governantes adoram uma imprensa dócil, calada ou que os bajule. Jamais têm simpatia pelas críticas, que é o nosso papel. Evoco Millôr para falar de uma grande pisada na bola da imprensa brasileira que distorceu a fala do presidente Lula numa entrevista após a Conferência de Adis Abeba (Etiópia), quando - sem pronunciar a palavra Holocausto - fez um paralelo entre as ações do governo Netanyahu na Faixa de Gaza com as perseguições de Hitler aos judeus na Europa. Lula foi massacrado na mídia (e nas redes sociais), e o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, foi exposto (junto com o Brasil, de quem é representante oficial) a uma humilhação pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, que o levou ao Museu do Holocausto para uma reprimenda pública, em hebraico (língua que Meyer não domina), ferindo os cânones diplomáticos.

Fui dos primeiros a chamar a atenção para o fato de que Lula não falara a palavra Holocausto - o aniquilamento total dos judeus na Europa -, mas que havia interesse nas redes sociais bolsonaristas, em preparativos para a manifestação de 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, para fustigar Lula. A perseguição de Hitler a judeus, comunistas, homossexuais, testemunhas de Jeová e ciganos se institucionaliza, em 1933, quando é criado, em Dachau, o 1º de vários campos de concentração, com a frase que se repete em todas as entradas e ficou famosa em Auschwitz, na Polônia: “O Trabalho Liberta”, e segue num horror crescente. [conheci, em 1976, na Alemanha, em Munique, um intelectual alemão, gay e comunista, ex-aluno de Freud, que fugiu para o Brasil junto com Otto Maria Carpeaux. Os fatos que ele narrou, vi no ano seguinte, no excelente filme “Julia”, com Vanessa Redgrave e Jane Fonda].

A “solução final” só veio a ser explicitada em julho de 1941, quando Herman Görin, seguindo instruções de Hitler, determina em carta a Reinhard Heydrich, o chefão da SS nazista, que este lhe submetesse, assim que possível, um plano geral, incluindo uma previsão de meios materiais e organizacionais necessários para implementar uma "solução final para a questão judaica". Nada menos que 15 dos 50 campos de concentração para trabalhos forçados, na produção de armas e munições para a Alemanha nos países ocupados, foram transformados em campos de extermínio com câmaras de gás. A solução final, com emprego letal de câmaras de gás, é discutida em janeiro de 1942 na Conferência de Wannsee, em Berlim.

A exemplo da reunião de 5 de julho de 2022, em Brasília, para tramar um golpe antes das eleições de 3 de outubro, mas sem gravação de imagens e áudios, tonados públicos em fevereiro de 2024, altos funcionários do governo da Alemanha nazista e líderes das SS se reuniram em Berlim para determinar a solução final (as tropas alemãs invadiram a Rússia no ano anterior, mas só começaram a ser rechaçadas pelo exército soviético em 1943, após o flagelo do inverno, com a derrota sendo questão de tempo após a entrada dos Estados Unidos no teatro de guerra da Europa, com o desembarque na Normandia, no Dia D (6 de junho de 1944). Com apoio técnico da possante indústria química alemã, que já tinha produzido gases letais na 1ª Guerra, depois de testar inseticidas, na conferência é apresentada a ideia do uso do pesticida Zyklon-B, que promovia a morte em massa, sem os distúrbios psicológicos nas tropas pela execução direta de mulheres e crianças. Só após a derrota alemã, durante o Julgamento dos Nazistas em Nuremberg, em 1947, são recuperados pelo Aliados os registros e minutas do que se passou na conferência de Wannsee. Mas a expressão “Endlösung der Judenfrage” não aparece nos documentos.

O que dizer do último massacre?

Nada como o noticiário e o tempo para mostrar quem tinha razão. O caráter desumano do massacre de mais de 100 palestinos metralhados esta semana pelo exército de Israel em Gaza, quando pessoas desesperadas pela fome e sede acorreram em massa a um dos caminhões de distribuição da parca ajuda humanitária, expôs Israel a uma condenação mais enérgica do presidente Joe Biden, dos Estados Unidos (o grande apoiador do Estado de Israel – não confundir com o governo Netanyahu, este apoiado pelos bilionários judeus americanos). Biden que estava costurando com mais energia um amplo cessar-fogo para ajuda humanitária ao que restou do povo de Gaza, em parceria com a Jordânia, o Catar e o Egito, ficou muito irritado com o primeiro-ministro de Israel e aumentou a pressão por um imediato cessar-fogo. Netanyahu perdeu muitos apoios fora e dentro de Israel.

Mas, a continuação da guerra em busca dos reféns - que só foram libertados com o cessar-fogo do ano passado, quando não morreram nem palestinos nem judeus - sustenta sua sobrevivência política. São crescentes em Israel as críticas contra o fracasso da Inteligência (leia-se Mossad) e do Ministério da Defesa, comandado pelo general Yoav Gallant. Num cessar-fogo prolongado, sem guerra, há espaço para o julgamento político de Netanyahu no Knesset. Gallant está de prontidão esperando o cargo de primeiro-ministro cair em seu colo. Mas ambos são irmãos-siameses. Dependem da guerra.

Cabe a muitos de nossos meios de comunicação e jornalistas fazerem um “mea-culpa” na condenação às palavras de Lula, antecipadas à última tragédia semanal. Mais evidente ficou a postura brasileira de condenação a Israel e da defesa de um acordo de Paz como caminho para a criação do Estado Palestino e a convivência das duas nações na região, depois que o secretário de Defesa dos Estados Unidos, general Lloyd Austin, em audiência pública, ao ser indagado sobre o total de mulheres e crianças mortas pelos ataques israelenses na Faixa de Gaza, respondeu de pronto: “25 mil mulheres e crianças”.

Foi uma hecatombe tão grande quanto a reação inicial a Lula, mas ninguém passou sabão no general. Em poucas horas, o Pentágono (representação física do Ministério da Defesa, a quem foi atribuída a cifra) soltou uma nota informando que o “número de civis mortos em Gaza é uma estimativa baseada em informações do Ministério da Saúde da Palestina, controlada pelo grupo terrorista Hamas”, acrescentando que “não há como o número ser verificado de forma independente”, embora a OMS, órgão da ONU para a saúde, assuma a cifra - um total de 30 mil mortes em Gaza (fora os cadáveres sob os escombros), uma relação 20 vezes acima dos 1.500 mortos em Israel.

A anarquia militar de Bolsonaro

O longo depoimento, 6ª feira (1º), do general Marco Antônio Freire Gomes, o 4º dos cinco comandantes do Exército no governo de Jair Bolsonaro, à Polícia Federal, em Brasília, pode ser um divisor de águas para definir quem embarcou na trama do golpe urdido pelo ex-presidente e quem ficou a favor da legalidade e do cumprimento das funções precípuas das Forças Armadas, de respeito à Constituição e ao Estado Democrático de Direito.

A duração de sete horas (Freire Gomes chegou às 15 horas e deixou a PF às 22 horas) e o fato de que depôs como “testemunha”, obrigado a contar a verdade, e não como indiciado (que pode recorrer ao silêncio para não produzir provas contra si mesmo, como fizeram Bolsonaro & cia) causaram preocupação aos militares, ministros e assessores de Bolsonaro envolvidos na escalada golpista. O golpe teve vários ensaios desde 2021 até eclodir na fracassada depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, na esperança de que o caos criado levasse o governo Lula a convocar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para o país ficar sob a tutela das Forças Armadas, e aí devolver o poder a Jair Bolsonaro. Freire Gomes assumiu o posto em 31 de março de 2022 e ficou no cargo até 29 de dezembro de 2022. Na véspera do voo de Bolsonaro para os Estados Unidos, foi substituído pelo general Júlio Cesar de Arruda, exonerado por Lula em 21 de janeiro de 2023, quando seu cargo já estava na berlinda pelas atitudes dúbias no 8 de janeiro de 2023, de reagir à prisão imediata dos golpistas.

A gota d´água que levou à substituição de Arruda pelo atual comandante Tomaz Paiva foi a recusa de anular a promoção feita por Bolsonaro, de seu ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Lorena Cid (que poderia ter sido promovido a coronel no final do ano passado), em janeiro de 2023, ao comando do 1° Batalhão de Operações Especiais, em Goiânia. Próxima à capital, a tropa mais bem preparada do país em defesa química, bacteriológica e nuclear, além de reunir paraquedistas e militares das chamadas operações psicológicas, poderia ser decisiva na execução do golpe militar.

Aluno brilhante nas turmas e cursos do Exército, Mauro Cid cortou a carreira quando seguiu fielmente as ordens do presidente e atuou na articulação da cadeia de comando com os executores do golpe. Por isso, há grande apreensão nos meios militares e político-empresariais quanto a um novo depoimento dele à PF, para que entregue mais nomes e suas efetivas posições na trama do golpe frustrado pela não adoção da GLO por Lula. Com os recentes depoimentos colhidos, se Mauro Cid não entregar mais, sua delação premiada à PF pode não ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal, e ele voltaria à prisão, perdendo a regalia do cumprimento da detenção em casa com a família.

A disciplina é essencial

O general Ernesto Geisel, o último presidente militar da era tenentista, na leva dos jovens militares que percorreram o Brasil nos estertores da República Velha, que era um homem cioso da disciplina e da hierarquia militar, definiu Jair Messias Bolsonaro como “um mau militar”, quando este foi reformando como capitão no começo dos anos 80. Na ocasião, a ala radical das Forças Armadas reagia à abertura política “lenta, gradual e segura” defendida e aplicada por Geisel, que resultou na Lei da Anistia e na redemocratização do país, já em marcha no governo do general João Figueiredo, indicado por Geisel.

Foi no colo de Figueiredo que explodiu a bomba num Puma no estacionamento do Riocentro, matando um sargento do Exército e mutilando um tenente, no centro de convenções onde se realizava um show em comemoração ao 1º de maio de 1981. O objetivo, como no 8 de janeiro de 2023 e nos ensaios anteriores, era criar um caos e atribuir o atentado à esquerda para reforçar a resistência ao programa de distensão política e da volta do comando do país aos civis, em 1985. Bolsonaro foi excluído das forças regulares após ser encontrado com croquis de planejamento de explosão de bomba na adutora do Guandu, o que deixaria sem água potável 10 milhões da população do Grande Rio, na época. O método do caos dos ideólogos da GLO.

Geisel e os generais disciplinadores do Exército e altos oficiais das Forças Armadas diziam que, quando a política entrava nos quartéis, a disciplina saía porta afora. Quando assumiu o governo em 15 de março de 1974, após seu irmão, Orlando Geisel, ter sido ministro do Exército do período mais duro da tortura e da repressão, no governo do general Médici. Disposto a promover a abertura política, Geisel queria acabar com as barbaridades da tortura. Mas deu azar de perder por infarto, em maio de 1974, o ministro do Exército, general Dale Coutinho. O primeiro da fila de sucessão foi o general Sylvio Frota, que comandava o 1º Exército no Rio de Janeiro. Linha dura, Frota era contra a abertura e reagiu quando Geisel demitiu o general Ednardo D’Ávila Mello, que comandava o 2º Exército, em São Paulo, após a morte, em janeiro de 1976, do operário Manoel Fiel Filho. No ano anterior, morrera nas dependências do DOI-CODI o jornalista Vladimir Herzog.

A abertura de Geisel sofria resistências, e Frota teve auxílio do ajudante de ordens, major Augusto Heleno (que foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro), que exerceu papel semelhante a Mauro Cid para atrair os comandantes militares num golpe contra o general-presidente. Especialista em contrainformação, o braço direito de Geisel, general Golbery do Couto e Silva, deu ajuda no contragolpe e na montagem de esquema para neutralizar Frota. Em 12 de outubro de 1977, Dia da Criança, Geisel convocou Frota ao Palácio do Planalto e o demitiu. Poucos meses depois demitiu o general Jayme Portela, chefe da Casa Militar, por também resistir à abertura e à anistia. Vale lembrar que ao votar pelo “impeachment” da presidente Dilma, o deputado Bolsonaro louvou o coronel Brilhante D’Ustra, um dos mais notórios torturadores do regime militar.

Alta rotatividade de Bolsonaro

A politização pôs em xeque a leniência de alguns chefes militares com a politização das Forças Armadas explorada por Jair Bolsonaro, que se jactava do “meu Exército” perante o público de seus comícios e motociatas. E reforça a necessidade da aprovação, no Congresso, do projeto de Lei que obriga oficiais das Forças Armadas ou das PMs e forças auxiliares passarem à reserva para tentar a carreira política. Não pode concorrer e voltar à tropa na derrota. Meu tio, Geraldo de Menezes Côrtes, era coronel, e se reformou como general para ser o 3º mais votado em 1958 para a Câmara Federal no Distrito Federal. Reeleito em outubro de 1962, como o 5º mais votado na Guanabara, morreu a caminho de Brasília, onde era líder da UDN na Câmara, na queda de um avião da FAB. E o marechal Lott também passou à reserva quando concorreu a presidente contra Jânio Quadros, em 1960. Não cabe usar a farda na política. E vice-versa.

Desde a redemocratização, com a criação do Ministério da Defesa por Fernando Henrique Cardoso, em 10 de junho de 1999, quando os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica perderam, junto com o Estado Maior das Forças Armadas, o “status” de ministério, enfeixado pela pasta da Defesa, e cada arma passou a ter um Comandante em Chefe, nunca houve tanta rotatividade no Ministério da Defesa e no comando do Exército, a arma de maior contingente e mais influência, como no governo Bolsonaro.

Em 2 de janeiro de 2019, o ministro da Defesa era o general Joaquim Silva e Luna. Bolsonaro o colocou na presidência da Itaipu Binacional, e o trouxe para presidir a Petrobras em abril de 2021. Mas o demitiu no ano seguinte, quando a escalada dos preços dos combustíveis ameaçava sua reeleição. O 1º ministro da Defesa de Bolsonaro foi o general Fernando de Azevedo e Silva. Ele caiu em 29 de março de 2021, quando se recusou a ler uma “Ordem do Dia” em 31 de março, exaltando o golpe militar de 1964, tema deixado de lado na caserna desde a redemocratização do país, em 1985.

Bolsonaro indicou para o cargo o general Walter Braga Neto, que leu a "Ordem" e ficou ministro da Defesa e urdidor do golpe até 1º de abril de 2022, quando deixou o governo para ser candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro à reeleição pelo PL. O último ministro da Defesa foi o general Paulo Sérgio Nogueira, que era comandante do Exército e agiu como ponta de lança para desgastar a credibilidade das urnas eletrônicas.

No comando do Exército, Bolsonaro estourou todas as medidas de rodízio em quatro anos de governo. O primeiro comandante foi o general Eduardo Vilas Boas, que permaneceu no posto que assumira em 5 de janeiro de 2015, no início do 2º governo Dilma, ao longo da gestão Temer e até 11 de janeiro de 2019, quando assumiu o comando o general Edson Pujol. Mas Pujol, que se opusera, com Fernando Azevedo e Silva, a politizar as Forças Armadas na “Ordem do Dia”, foi igualmente destituído em 29 de março de 2021, quando Braga Neto, novo ministro da Defesa, trocou os comandos das três armas e nomeou o general Paulo Sérgio Nogueira para chefiar o Exército. Como 4º no posto assumiu, em 31 de março de 2022 o general Marco Antônio Freire Gomes, que deu lugar ao general Arruda (o 5º, na gestão Bolsonaro, em 29 de dezembro de 2022). Freire deve ter confirmado à PF se disse a Bolsonaro que iria “lhe dar ordem de prisão”, se tentasse o golpe.

Todos poderiam ser ouvidos como testemunhas no inquérito da PF, para jogar luz em pontos obscuros da trama. Não estou aqui para livrar a responsabilidade de ninguém, mas chega a ser pueril, diante da escalada e do alto coturno dos generais e oficiais golpistas cooptados por Jair Bolsonaro, a acusação de que Freire Gomes (e outro generais) teriam cometido o crime de prevaricação ao não denunciar a trama para as instâncias de governo, do Judiciário ou ainda à Procuradoria Geral da República.

Para começo de conversa, a cúpula estava engajada do golpe. Neste caso, falta saber o que fazia o general Luiz Eduardo Ramos, não arrolado em nenhum inquérito, embora fosse carta valiosa no bolso do presidente. Há quem esqueceu que o PGR era Augusto Aras, que arquivou ou “sentou em cima” de dezenas de ações contra Jair Bolsonaro. Estar à frente do navio para evitar desvio de rota é obrigação de um soldado profissional. Ficar firme era a garantia de que suas tropas não se engajariam no golpe. O não de vários comandantes demoveu Bolsonaro de agir antes da eleição e depois da derrota, quando houve a arruaça de 12 de dezembro, após Lula e Alckmin serem diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral, e estava pronta a minuta do golpe. Isso precisa ser aclarado.

Mas que cara de pau, tchê!?, diria Brizola

Um traficante de Mato Grosso, que acumula mais de 106 anos de prisão por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e evasão de divisas, pediu na última 5ª feira que o Supremo Tribunal Federal autorize a devolução de US$ 2 milhões de dólares apreendidos com ele pela Polícia Rodoviária Federal há mais de 10 anos. A ação está sob decisão do ministro Gilmar Mendes.

O advogado de Ricardo Cosme Silva dos Santos, 36 anos, conhecido como “Ricardo Pancadão”, alegou que o cliente, preso na Penitenciária Central de Mato Grosso, em Cuiabá, enfrenta problemas de saúde e precisa do dinheiro para custear seus tratamentos. Ah, a defesa negou que os valores tenham origem ilícita. Ele já foi operado em dezembro do ano passado por lesão intestinal causada por um palito de dentes que ele engoliu na prisão.

Além da devolução, com correção monetária, de US$ 1,9 milhão apreendidos pela PRF em abril de 2013 e US$ 161 mil, em dezembro de 2011, o traficante quer que suas contas sejam desbloqueadas. O advogado pediu que os recursos sejam enviados à conta do seu escritório e que o caso tramite em sigilo. Pelo visto, a última parte do escárnio já foi negada pelo STF.